Partidos defendem quadro enxuto de concorrentes

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 24/12/2017
Horário 10:02

Enquanto alguns partidos já avaliam suas apostas para a corrida eleitoral de 2018, outros não descartam a possibilidade de definir representantes, mas defendem o diálogo entre as lideranças a fim de evitar a pulverização de candidatos e dispersão de votos na região. É o caso do presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Feiz Abudd, o qual afirma que o interesse de seu partido é “não atrapalhar as candidaturas viáveis”. Isso porque, em sua opinião, o número excessivo de candidatos provoca a divisão do colégio eleitoral. “É um momento dos partidos deixarem de lado os interesses pessoais e partidários, pois é um absurdo lançar mais de dez candidatos”, expõe. Feiz defende que, perante um panorama político nacional desestabilizado, há ainda a necessidade de estimular o eleitor a comparecer nas urnas.

Perspectiva semelhante é a do empresário Fabio Sato (PPS), cuja candidatura dependerá de sua exoneração em um cargo comissionado no Ministério da Cultura, em Brasília (DF). Segundo ele, é preciso que haja uma organização das lideranças políticas, com o propósito de impedir que a representatividade continue baixa na região. Para ele, se não houver esse acordo entre os partidos, o cenário será o mesmo de anos anteriores: “Os votos se dividem e são eleitos 1 ou 2 deputados”, aponta. Sato acredita que “falta organização e um pouco de inteligência” para que não ocorra a concentração de votos. “Nesse contexto, eu me coloco à disposição para compor esse acordo entre cavalheiros. Os candidatos precisam ponderar a capacidade de vitória e não a situação de se lançarem apenas para se posicionar no cenário político”, argumenta.

Com relação ao PT (Partido dos Trabalhadores), os diálogos ainda seguem tímidos. O partido informa que o lançamento de algum nome é provável, mas isso deve ser conversado apenas a partir de janeiro. “Temos que analisar ainda diversos fatores, como a força do candidato em si e a questão econômica”, esclarece. Em contrapartida, o PT salienta que, na esfera presidencial, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva “é certa” caso ele tente o pleito. “A única coisa que pode atrapalhar o resultado é a possibilidade de um novo golpe ou de tirá-lo por via judicial. Porém, ele ganha no voto e isso já está bem claro”, pontua.

 

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