Uma das imagens mais lindas, carregadas de sentido humano e cristão é a da gravidez. Encanta-me encontrar, como acontece com frequência no ambiente amazônico em que vivo, casais que pedem a bênção para a esposa que se aproxima do parto da criança, acolhida como dom de Deus. É a festa da vida e da esperança, a teimosia positiva de pessoas que acreditam que filho não é trabalho, mas bênção de Deus. De fato, “os filhos são herança do Senhor, é graça sua o fruto do ventre. Como flechas na mão de um guerreiro são os filhos gerados na juventude. Feliz o homem que tem uma aljava cheia deles” (Sl 127, 3-5). A Igreja no tempo do Advento, acompanhada pela Mãe do Redentor, a Virgem Maria, assemelha-se a esta linda imagem humana, pois está grávida da graça e da presença salvadora de seu Senhor. Aquele que um dia voltará, e certa como a aurora é a sua vinda (Cf. Os 6,3), vem a nós de novo, pois Deus não se repete! “A Igreja deseja ainda ardentemente fazer-nos compreender que o Cristo, assim como veio uma só vez a este mundo, revestido da nossa carne, também está disposto a vir de novo, a qualquer momento, para habitar espiritualmente em nossos corações com a profusão de suas graças, se não opusermos resistência” (Cf. Cartas Pastorais de São Carlos Borromeu, bispo – Acta Eclesiae Mediolanensis, tomo 2, Lugduni, 1683, 916-917). O “estado de gravidez” da Igreja em tempo de Advento traz consigo consequências para a vida dos cristãos, que queremos chamar de “Virtudes do Advento”, como proposta para as pessoas e as comunidades. (Cf. Dom Alberto Taveira Corrêa, 2 de dezembro de 2013) O ponto de partida é a necessidade profunda do Redentor. Não somos capazes de nos redimir por nós mesmos e de oferecer um sentido profundo à existência. Há uma iniciativa gratuita de Deus, que vem ao encontro da humanidade (Cf. Juan Ordoñez Marques, Teologia y Espiritualidad del Año liturgico, página 213, BAC, Madrid, 1978). Nossa boa vontade humana é insuficiente! Carecemos de Deus, de sua presença e de seu amor salvador! Uma humanidade sem Cristo é decadente, escorrega para o vazio absoluto. Deus preparou seu povo, através de gerações de homens e mulheres, dentre os quais se destacam os que, considerados pequeno resto dos pobres de Israel, permaneceram fiéis às promessas antigas. Também hoje, diante das promessas de Deus, que é fiel, multiplicam-se os que não duvidam de sua palavra. (Fonte: Dom Alberto Taveira Corrêa , Arcebispo de Belém do Pará (PA).
MINI SERMÃO:
2º Domingo do Tempo do Advento (Mc 1,1-8)
Como João Batista, podemos abrir caminhos de esperança no deserto dos corações áridos de tantas pessoas. Sempre há oportunidade para reconhecermos os buracos a serem preenchidos em nossa vida e, para aplainar as asperezas do ódio e da indiferença. É tempo de dar espaço a Jesus que vem. Ele vem para que a gente possa ir. Ir e amar. Gera-se a vinda de Jesus toda vez que se ama. Amar é fazer Jesus nunca se ausentar. Que Ele não seja apenas um visitador, mas um morador de sua vida. (Autor: Padre Rafael Moreira Campos).
AGENDA PAROQUIAL: Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Presidente Venceslau
- Missas -
Sábado: às 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida e às 19h30 - Igreja Matriz;
Domingo: às 7h - Capela São Judas Tadeu, às 8h30 - Capela Nosso Senhor do Bonfim, às 10h - Igreja Matriz, às 17h - Capela Santa Edwiges e às 19h - Igreja Matriz
MENSAGEM DO PAPA:
Desapego das coisas mundanas e busca de Deus e do seu reino. O abandono das comodidades e da mentalidade mundana não é um fim em si mesmo, não é uma ascese somente para fazer penitência: o cristão não é um “faquir”. É algo mais. O desapego não é um fim em si mesmo, mas visa a consecução de algo maior, ou seja, o reino de Deus, a comunhão com Deus, a amizade com Deus. Mas isto não é fácil, pois há muitos vínculos que nos mantêm próximos do pecado, não é fácil... A tentação derruba sempre, derruba, e assim também os vínculos que nos mantêm próximos do pecado: a inconstância, o desânimo, a malícia, os ambientes nocivos, os maus exemplos. Às vezes o impulso que sentimos rumo ao Senhor é demasiado fraco e até parece que Deus se cala; parecem-nos distantes e irreais as suas promessas de consolação, como a imagem do pastor atento e solícito, que ressoa hoje na leitura de Isaías (cf. Is 40, 1.11). E por isso temos a tentação de dizer que é impossível converter-se verdadeiramente. (Fonte: www.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2020).
Padre Rafael Moreira Campos
Adm. Paroquial Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Pres. Venceslau/SP
"Ouse ser o melhor. Ame!"
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Informações: Cúria Diocesana (18) 3918-5000