O professor de Educação Física Altair Ferrareze, 51 anos, garante que não é fácil encontrar nas academias, praticantes de atividades físicas que optem pela corda em detrimento de outros equipamentos como a esteira e bicicleta. Os benefícios, entretanto, são semelhantes, com um bônus, maior intensidade em menor tempo que pular corda proporciona.
Ferrareze aponta uma série vantagens ao pular corda: adquire força nos membros inferiores, desenvolve o equilíbrio, fortalece as articulações, e os saltos curtos agridem pouco as articulações dos tornozelos e joelhos, além de trabalhar o quadro respiratório.
“As pessoas veem algo tão simples e não acreditam, mas dá um baita resultado. Evidentemente que como todo exercício de intensidade, cuidados são imprescindíveis. Não é qualquer pessoa que consegue realizar esse tipo de atividades. Aquela com ritmo sedentário, por exemplo, não conseguirá de imediato devido aos músculos fracos, podendo até sobrecarregar as articulações”, alerta Altair.
Daí a necessidade de acompanhamento profissional. A atividade, segundo ele, também não é recomendada para pessoas com tendinite, com prótese no joelho, condromalácia, e demais problemas em articulações e tendões.
“Pular corda não é uma atividade de risco, é lúdica, prazerosa. A orientação é necessária no começo, mas depois pode ser realizada em casa mesmo, e se torna algo muito gostoso”, salienta Altair.
ATLETAS SABEM
A IMPORTÂNCIA
Se a população em geral, ainda não se deu conta da importância desse esporte, os atletas lutadores a utilizam cotidianamente. O empresário e treinador Hugo Gonçalves, 29 anos, diz que a corda faz um trabalho preciso, auxilia na coordenação motora e diminui o impacto para os atletas, devido ao tempo reduzido de prática por conta da alta intensidade. “A gente utiliza tanto para o aquecimento quanto para aumentar o gasto calórico. O que diferencia um atleta profissional de uma pessoa no dia a dia é a intensidade”, explica o treinador.
O lutador profissional de MMA (Artes Marciais Mistas), João Manoel de Paula Felício, 26 anos, sabe da importância da atividade para seu trabalho. “Na luta, o jogo de movimentação e agilidade de pernas faz total diferença”, acentua o lutador.
Foto: Marco Vinícius Ropelli - João Manoel diz que “agilidade de pernas faz total diferença” na luta