Profissionais de campo frequentemente enfrentam situações desafiadoras enquanto realizam suas atividades nas ruas. Uma das ameaças mais comuns é o risco de ataques de cães. Para garantir a segurança desses profissionais, a Energisa Sul-Sudeste promove treinamentos específicos com os leituristas. Um deles é com o Canil do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) da Polícia Militar, realizado nesta quarta-feira, na sede da distribuidora em Presidente Prudente. Em 2024, 37.897 imóveis foram sinalizados com o alerta de presença de cães e risco de ataques na região de Prudente. Para se ter uma média, um alerta de cão é registrado a cada oito leituras. Em toda a área de concessão da empresa, até dezembro do ano passado, o sistema apontava 73.680 unidades consumidoras com alertas de cão.
“No treinamento com o Canil da Polícia Militar, os profissionais aprendem a identificar sinais de comportamento agressivo em cães, permitindo que tomem medidas preventivas antes que um ataque ocorra. Além disso, são ensinadas técnicas de abordagem e manejo de cães, que ajudam a reduzir a probabilidade de incidentes”, conta o coordenador de Leitura da Energisa Sul-Sudeste, Sidney Aparecido Lucio de Souza.
Conforme destaca o coordenador, o treinamento ainda promove uma maior conscientização sobre a importância de respeitar os animais e entender seu comportamento. “Sem o treinamento adequado, os leituristas podem não estar preparados para lidar com cães de forma segura. O treinamento inclui a compreensão dos fatores genéticos de proteção dos cães e técnicas para minimizar o risco de ataques. Isso não apenas contribui para a segurança dos profissionais, mas também para o bem-estar dos cães, evitando situações de estresse, desconforto e agressividade”, diz.
Além dos treinamentos e orientações, os leituristas da Energisa carregam dispositivos móveis de trabalho (smartphones), nos quais cadastram localidades consideradas perigosas. Essas informações servem de alerta aos demais profissionais de campo, a fim de evitar incidentes futuros.
Conforme explicou a equipe policial durante o treinamento nesta quarta-feira, os cães enxergam a família do tutor como sua matilha e sua função natural é defender o território. “É importante entender que os cães estão apenas cumprindo seu papel instintivo de proteção”, cita.
Para garantir a segurança desses trabalhadores, os policiais do Canil ajudaram os colaboradores a compreenderem o comportamento canino e compartilharam algumas estratégias para evitar ataques. Entre elas: não forçar interação (o ideal é não tentar interagir com um cão desconhecido e evitar contato visual direto e movimentos bruscos); reconhecer sinais de agressão (os modelos de agressão em cães podem ser do modelo ofensivo, quando disputam recursos ou atenção, ou defensivo, quando sentem uma ameaça à vida ou ao território. Há também a agressão predatória, que é um impulso natural devido à carga genética do animal); manter a calma e a distância (manter uma postura calma e evitar se aproximar demais do cão pode reduzir a percepção de ameaça. Se um cão se aproximar, é importante não correr, pois isso pode desencadear o instinto de perseguição); e mostrar tranquilidade (ao se deparar com um cachorro, fingir estar numa boa, mas passar longe do animal, principalmente se for um cão de porte médio ou grande. Se tiver de passar por ele, procurar um caminho mais distante, como o outro lado da calçada).
Em caso de ataque, a equipe destaca a importância de manter-se de pé e pedir ajuda. “Cair no chão pode ser perigoso, pois expõe sua cabeça e pescoço. É importante proteger as partes vitais do corpo”, orienta os policiais.
A equipe do Canil ainda citou que os leituristas, durante a rotina de trabalho, devem estar sempre atentos ao ambiente no qual estão e às casas que possuem cães, verificar se os portões estão bem fechados e o tipo de portão, se é fácil de abrir e, sempre que possível, acionar o morador para apoiar e segurar o cão enquanto realizam a leitura.
Diante de um ataque, os profissionais devem procurar um abrigo próximo (vale lembrar que o cão é mais ágil e correr vai motivar a caça); oferecer algum objeto que esteja em mãos, como bolsas e mochilas, mas não soltar ou jogar o objeto; e jogar água caso estejam com uma garrafa para hidratação.
A Energisa destaca que, por mais que a empresa invista nesses aportes com o objetivo de prevenir acidentes e incidentes dos funcionários, a conscientização e apoio da comunidade são imprescindíveis, especialmente nos imóveis onde os cachorros circulam livremente e têm acesso à área do padrão de energia, tanto para os clientes da área urbana quanto da área rural.
“Os animais, até os domesticados, costumam atacar quando querem proteger território, alimento, brinquedo ou filhotes, por exemplo. E, por mais que o leiturista visite a localidade mensalmente, para o animal trata-se de uma pessoa desconhecida, o que pode motivar um ataque. Então, nos imóveis com cães, orientamos aos tutores que ajudem segurando-os ou mantendo-os temporariamente em outro local, longe do padrão, na data da leitura que consta na sua conta de luz. O cliente pode observar o dia da próxima leitura na conta de energia”, alerta Sidney.
Quem tem o padrão de energia do lado de fora do imóvel também não deve se descuidar. O cachorro pode atacar o leiturista até mesmo na calçada ou na rua se o portão não estiver trancado.