Pandemia sob a visão da criança e do adolescente

Passado mais de um ano desde a chegada da Covid-19 no Brasil, se para os adultos esse assunto é complexo e assustador, quem dirá para eles

PRUDENTE - OSLAINE SILVA

Data 03/08/2021
Horário 06:18
Foto: Freepik
Falta dos amigos e familiares deixa as crianças ansiosas na pandemia
Falta dos amigos e familiares deixa as crianças ansiosas na pandemia

A pandemia do novo coronavírus mexeu com a percepção das pessoas sobre o mundo. Sem qualquer conhecimento do que se tratava, elas tiveram que se informar rapidamente a respeito do que era o vírus e como se prevenir dele. Se para os adultos esse assunto é complexo e assustador, quem dirá para as crianças. Passado mais de um ano desde a chegada da Covid-19 no Brasil, a reportagem conversou com três crianças/adolescentes para saber qual é a sua visão em relação à pandemia.
Sobre o que mais sente falta em relação à sua liberdade com a pandemia, a mais novinha delas, Larissa Gomes Franchine, de 10 anos, disse que sente muita falta das amigas. “Todo final de semana eu ia na casa delas brincar. Às vezes dormia lá. Mas agora acho que vai demorar para fazer isso de novo, porque a pandemia ainda vai durar esse ano”, diz a pequena.
Larissa menciona que não vê a hora de abraçar os bisavós. “Essa é a primeira coisa que quero fazer quando tudo voltar ao normal”. E na sequência emenda que acha “muita falta de respeito” pelo próximo quem não usa máscara. “Tenho muito medo do coronavírus, porque ele levou minha tia que eu amava muito”, expõe a pequena Larissa.
Medo este que a adolescente Barbara Natel Macegoso, 13 anos, diz temer um pouco também. “Quem não usa máscara é totalmente sem noção”, diz ela.

Mudança de rotina

Filha de educadores físicos, Yasmin Simonetti Siqueira Moura, 12 anos, sempre foi muito ativa desde muito pequenininha e teve sua rotina toda alterada com a pandemia. Sobre o que mais sente falta nesse período, ela diz que, antes da pandemia, quase nem mexia no celular de tanta coisa que fazia, mas acha que o que mais sente falta mesmo é de se reunir com os amigos para um passeio ou até mesmo de ir um na casa do outro. “Faz bem para a mente ter amigos”, salienta a adolescente.
Sobre se a pandemia ainda vai demorar para chegar ao fim, Yasmin espera que não, mas acentua que vai depender muito do comportamento da sociedade em relação à vacina, “uso de máscara, distanciamento social e  empatia, já que mesmo tendo tomado as duas doses da vacina você ainda pode contrair o vírus e transmitir para alguém”, alerta consciente Yasmin, que não vê a hora de poder viajar com a sua família em segurança quando tudo voltar ao normal.
Yasmin destaca que pessoas que não se cuidam direito, não usam máscara, não ficam em casa, ficam aglomeradas em festas, deviam pensar mais nos outros. “Isso inclui a família delas, amigos, conhecidos... até porque, se essas pessoas forem contaminadas pelo vírus, podem acabar transmitindo para alguém que tenha contato. Eu tenho mais medo de contrair e acabar passando para alguém próximo, como minhas avós, meus avôs, minha mãe, meu pai, meu padrasto, meu irmão ou meus amigos”, destaca a garota.

Fotos: Cedidas

pandemia sob a visão das crianças presidente prudente

Larissa não vê a hora de abraçar os bisavós

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Para Bárbara, quem não usa máscara “é sem noção”

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Yasmin sempre foi muito ativa desde pequena

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