Os perigos da pressão alta

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 06/04/2022
Horário 04:30

Estima-se que no mínimo 25% da população brasileira adulta sofra com hipertensão arterial sistêmica, também chamada de pressão alta, sendo a maioria após os 60 anos.
A maioria dos hipertensos é assintomática e, assim, grande parte dos hipertensos não sabe que possui a doença. Os sintomas aparecem, em geral, somente quando a pressão sobe muito. Dores no peito, falta de ar, dor de cabeça, tonturas, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal são alguns dos sinais da doença.
Genética, sedentarismo, obesidade, tabagismo, álcool, ingestão de produtos ricos em sódio (sal de cozinha) estão correlacionados à doença.
A hipertensão arterial é o principal fator de risco relacionado a outras doenças. Ela é responsável por 40% dos infartos do miocárdio. Por isso, manter controle adequado da pressão arterial é a diferença entre a vida e a morte. Também aumenta os riscos e está entre as principais causa de insuficiência cardíaca, de acidente vascular cerebral (derrame), de diminuição ou perda da função renal e perda da visão.
Em idosos, os riscos aumentam, especialmente para grau elevado de placas de gordura nas veias e artérias e fragilidade das funções cardíacas e renais.
Para mantê-la controlada, o médico pode receitar remédios. Além disso, aferir periodicamente os níveis pressóricos faz-se essencial, assim como reduzir o peso e consumir o mínimo de sal, especialmente através de produtos industrializados, como sucos, refrigerantes e molhos que possuem alto conteúdo de sal. Também deve-se parar de fumar e manter atividades físicas regulares, preferencialmente aeróbicas; e manter em nível mínimo o estresse.
Não temos o devido cuidado com a pressão alta, que pode causar infartos e derrames, levando até à morte. Se isso não bastasse, a doença não tem cura, apenas pode ser controlada. E o controle deverá ser para toda a vida.

 

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