Como sabido, no setor da economia, comércio e serviços foram os principais afetados pela pandemia. Em contrapartida, percebe-se que a atual crise consolidou uma tendência que já vinha crescendo nos últimos anos: o e-commerce.
Segundo a plataforma especializada em mensuração e análise de comércio eletrônico no Brasil, Ebit/Nielsen, a compra e venda de produtos por e-commerce cresceram 41% em 2020, com mais de 194 milhões de pedidos feitos por consumidores brasileiros no ano. Esse foi a maior alta percentual desde 2007.
Especialistas já anunciaram: a pandemia saltou anos em meses e somos inseridos na sociedade 5.0. Pouca gente se imaginava fazendo sua compra do mês ou a feira da semana por meio de plataformas online, e isso já é uma realidade cada vez mais comum. Quem já estava na vanguarda e soube administrar, a exemplo das grandes companhias do varejo, expandiu o faturamento em suas lojas virtuais, já que o comportamento do cliente mudou diante das restrições de isolamento social.
Uma realidade, em sua maioria, não compartilhada pelo micro e pequeno empresário que sem dúvida, despreparado e tomado de surpresa, amargou com grandes prejuízos. O desânimo bateu à sua porta, a qual mesmo que atualmente aberta, não é sinônimo de prosperidade.
Dados apontados pelo Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), revelam que com a atual crise, 39% dos pequenos negócios não conseguiram realizar venda online em Presidente Prudente, pois há uma grande dificuldade em realizar a divulgação profissional daqueles até então não inseridos no meio.
Obviamente, somente em um futuro ainda distante, a venda presencial se tornará obsoleta, mas ainda assim, ensinar esse micro a encontrar ferramentas ao mundo digital é uma das missões a se repensar, lembrando sempre que não basta o acesso à internet, a palavra de ordem é a capacitação.
O Sebrae realiza frequentemente cursos gratuitos e de fácil entendimento; ainda, existem várias universidades e cursos facilitadores para tal inserção. Há um consenso deste rumo inevitável, e isso é um alerta a quem está distante, devendo o papel da viabilidade ao acesso ser assumido por todos, como eu, você, entidade de classe ou poder público.
Sim, a transformação digital ganhou protagonismo, facilita processos, mantém a funcionalidade e preserva o que existe de mais importante: as vidas humanas. Mas nem todos têm essa oportunidade, sobretudo, em um mundo competitivo, onde o menor é quem solta a corda primeiro.