Não é preciso nem concordar. As verdades são axiomáticas e o atraso é algo que faz parte da vida do nosso país. Então, quando algo é executado, mesmo que com um atraso tremendo, “menomale”. Porque o comum não é o atraso. É mais, é o esquecimento dos planos, das promessas... Lembro-me de quando se projetou a construção do Aeroporto de Viracopos em Campinas. Fazia parte do plano uma linha férrea direta para o Aeroporto. Cadê a mesma? Sua ausência causa o exagero de veículos rodando para o Aeroporto de Guarulhos, que só veio depois e que também teria uma linha férrea. A diferença é que essa, anunciada em 2002 foi agora inaugurada no final do mês passado. Com a cobrança da imprensa o governo falou na construção da mesma bem depois, para a Copa do Mundo de 2014. Saiu só agora. E assim mesmo funcionando provisoriamente. Lamentar o atraso é absolutamente natural. Mas, dizer que pelo menos saiu, diante de tantos projetos que caíram no esquecimento ainda tem algo de positivo. Deixa mudar um pouco o assunto que vou tocando. Em política dizem que cavalo que passa encilhado tem que ser montado na hora. Estou lendo e acompanhando todo o movimento político do país e não estou divisando nenhum cavalo pronto para ser montado. Quer dizer, é possível que até cavalo encilhado exista. O que não encontro é o cavaleiro para montá-lo. Agora mesmo o ex-ministro do Supremo, Joaquim Barbosa faz movimentos no sentido de atender aos apelos daqueles que gostariam de vê-lo cavalgando. Não faz sentido. Se o homem deixou o Supremo, e quero acreditar em sua palavra, por problemas de saúde, se sua coluna não suportava a cadeira de Ministro do STF como poderá ser presidente da República? Fisicamente seria impossível. A não ser que vocês queiram entrar nesse escorregadio terreno que sempre foi comum no mundo da política. Desde os templos bíblicos muito recordados em época de semana santa que se pergunta onde está a verdade. E a resposta não vem e a procura é eterna. Mudo mais uma vez para dizer que no início da semana comentei que estava triste pela situação vivida em nosso país. Recebi contestações de que estava triste em verdade pela derrota do Palmeiras. Faço questão de dizer que não me entristeço pelos resultados de uma partida de futebol. A minha tristeza nesse terreno aconteceu quando tinha 16 anos e ao acordar naquele domingo de 1950 fui gritando: “é hoje que o Brasil será campeão do mundo”. À tarde, depois da derrota para o Uruguai confesso que chorei. Também me vacinei contra o dissabor de uma derrota. Mas, seria sensacional ver uma decisão nos pênaltis com Cristiano Ronaldo cobrando e Buffon defendendo. Sem trocadilho, os árbitros de futebol esta semana foram bufões aqui e na Europa. Imitaram políticos e juízes togados. Como vem aí uma Copa do Mundo, de olho nas arbitragens.