O HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Presidente Prudente, realizou ontem a captação do pulmão, coração, rins e fígado do adolescente, 14 anos, que faleceu na segunda-feira, vítima de um acidente de trânsito registrado na noite de sábado, próximo ao Parque dos Pinheiros, em Álvares Machado, que levou à morte de outras duas pessoas.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da unidade de saúde, essa foi a primeira captação de pulmão para doação em 2016. O procedimento foi realizado por uma equipe médica do Incor (Instituto do Coração de São Paulo) e durou cerca de 4 horas. O coração foi o segundo captado para transplante neste ano, além de fígado e rins.
Captação dos órgãos foi feita pela equipe do Incor, em PP
"O tempo que temos entre captar o órgão e transplantá-lo é muito pequeno, podendo chegar a até 6 horas. No entanto, o processo completo entre captação e transplante de pulmão pode chegar a até 20 horas, contando os procedimentos cirúrgicos e a logística da equipe, do doador e receptor", aponta o médico do Incor, responsável pela captação dos pulmões, Lucas Matos Fernandes. "Quando temos um bom doador, como tivemos hoje, a chance de sucesso na captação é muito grande. A estrutura que este hospital oferece, o zelo da equipe com o doador, a competência de toda a equipe em campo, sem dúvidas, interfere no resultado do procedimento", completa.
De acordo com o médico coordenador da CIHT (Comissão Intra-Hospitalar de Transplante) do HR, Renato Ferrari, ações como esta são possíveis quando a família, mesmo em um momento de dor, tem o entendimento do desejo do paciente manifestado ainda em vida. "O ato da família em aceitar o processo faz do doador o protagonista. Não seria possível se não tivesse o entendimento dos familiares. Quando o paciente manifesta em vida sobre o desejo de ser doador, faz com que uma decisão como esta em um momento de dor seja tomada com mais tranquilidade", afirma Ferrari.
Acidente
Valdecir Vieira de Carvalho, 40 anos, e Mariana Ramaro de Carvalho, 19 anos, foram as outras duas vítimas do acidente que ocorreu na altura do km 17 da Rodovia Júlio Budiski (SP-501), em Machado. Como noticiado ontem por
O Imparcial,
uma caminhonete GM/Chevrolet A20 e uma VW/Parati 1.6 City bateram de frente, às 22h do sábado, e todas as vítimas fatais estavam no segundo automóvel.
Os únicos sobreviventes foram um bebê, de 9 meses, e uma mulher, 29 anos, que conduzia a caminhonete. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, ela foi convidada a realizar o teste do bafômetro, mas se recusou. Ambos permanecem internados no HR.
(Com Assessoria de Imprensa do HR)