A Polícia Civil, por meio da Delegacia Seccional de Polícia de Presidente Prudente, informou nesta quarta-feira que concluiu a investigação e encaminhou o inquérito policial resultante da Operação Tríade ao Fórum da Comarca de Regente Feijó.
A ação culminou no indiciamento de seis pessoas, incluindo o ex-prefeito de Caiabu, Dário Marques Pinheiro (PSDB), por crimes que incluem falsidade ideológica majorada, peculato e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
A Operação Tríade ocorreu em 29 de novembro de 2021 e foi uma ação conjunta da Polícia Civil, MPE (Ministério Público Estadual) e TCE (Tribunal de Contas do Estado), visando apurar eventuais irregularidades relacionadas à frota municipal de Caiabu durante o período em que Dário Marques Pinheiro esteve à frente do Executivo do município, de 2017 a 2020.
A investigação teve início em agosto de 2019 e culminou na operação, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos setores da Prefeitura de Caiabu, incluindo tributação, contabilidade, finanças, tesouraria, gestão, frota e almoxarifado.
De acordo com a Polícia Civil, o material apreendido foi periciado e analisado, fornecendo evidências fundamentais para a investigação. Além das provas materiais, funcionários, ex-servidores, proprietários de empresas e outras pessoas relacionadas ao caso prestaram depoimentos.
O inquérito policial, que resultou em 23 volumes, totalizando mais de 4,6 mil páginas, revelou a prática dos crimes de falsidade ideológica majorada, peculato e inserção de dados falsos em sistemas de informações. O dossiê completo foi encaminhado ao Fórum de Regente, onde passará pela análise do promotor de Justiça e do juiz de Direito.
O caso investigado teve origem em outro procedimento policial ainda em andamento na Delegacia Seccional de Presidente Prudente, referente a denúncias de consumo excessivo de combustíveis e gastos irregulares com manutenções de veículos pertencentes à frota municipal de Caiabu. Essas irregularidades foram inicialmente constatadas por fiscais do Tribunal de Contas, após análise de documentos referentes ao período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2015.
Durante a investigação, conforme a Polícia Civil, ficou evidente que alguns veículos que não estavam em condições de uso, devido a estarem parados em oficinas, tiveram gastos atribuídos a eles, incluindo despesas com peças e serviços. Ademais, durante a conferência dos veículos da frota municipal, alguns deles foram encontrados desmontados em estabelecimentos que não haviam participado de nenhum processo licitatório para a prestação de serviços.
Outra irregularidade apontada no procedimento policial refere-se ao leilão realizado em 2020, no qual veículos considerados sucateados foram leiloados. Laudos de avaliação desses veículos continham informações falsas, resultando em prejuízos para os cofres públicos.
À reportagem, a defesa do ex-prefeito relatou que, até o momento, não foi intimada sobre qualquer indiciamento, “ficando prejudicada a manifestação sobre os supostos delitos”.
Foto: Arquivo
Por meio da Delegacia Seccional de Prudente, Polícia Civil informou nesta quarta-feira que concluiu a investigação