Um grupo de estelionatários que faturou cerca de R$ 30 mil em golpes contra idosos está na mira da Polícia Civil. Por meio da Operação Nacional “Vetus II”, policiais civis da Central de Polícia Judiciária de Presidente Prudente, com apoio de policiais civis das delegacias de Álvares Machado, Rancharia, Regente Feijó, Taciba, Pirapozinho, Adamantina, Deic/Dise (Departamento Estadual de Investigações Criminais/Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) e São Paulo capital, deflagraram a Operação Guardian.
O intuito das ações é coibir a prática de estelionato e associação criminosa na região de Presidente Prudente. Na manhã desta quinta-feira, foi dado cumprimento a mandados de busca e apreensão - em São Paulo (SP), Itapira (SP), Francisco Morato (SP) e Suzano (SP) - expedidos pela 2ª Vara Criminal de Presidente Prudente. O resultado da ação de campo foi a apreensão de cartões e extratos bancários, além de celulares que, de acordo com a Polícia Civil, passarão, com autorização judicial, por perícia técnica.
De acordo com o delegado responsável pela operação, Mateus Nagano da Silva, as apreensões realizadas nesta quinta servirão para dar prosseguimento às investigações e identificar os membros do grupo de estelionatários.
As investigações tiveram início em setembro deste ano, após agentes da CPJ (Central de Polícia Judiciária), prenderem em flagrante um homem que praticava estelionatos contra idosos na artimanha conhecida como “golpe do motoboy” ou “golpe do cartão clonado”.
Resultante desta prisão em flagrante, foi possível identificar novas vítimas e apurar que o prejuízo total causado pelo indiciado no período de quatro dias, entre 31 de agosto e 3 de setembro de 2021, foi de aproximadamente R$ 30.638,00.
Segundo a Polícia Civil, o golpe dos estelionatários consistia em ligações telefônicas – para idosos – de pessoas que se identificavam como funcionários de instituições bancárias. Estes informavam as vítimas que haviam sido realizadas compras e movimentações bancárias atípicas em suas contas, indagando-as se reconheciam tais movimentações. Em um primeiro momento, as pessoas diziam não as reconhecer.
Após negativa das vítimas, os estelionatários as orientavam a ligar no número de telefone que consta no verso do cartão de crédito para cancelamento ou suspensão temporária do cartão. Mesmo com as vítimas desligando o telefone, os estelionatários conseguiam manter a ligação ativa, mesmo sendo feita nova discagem do número existente no verso do cartão, passando o outro estelionatário a se portar como atendente responsável pelo setor de cancelamento de cartões, utilizando inclusive gravações, assim como nas centrais de atendimento das instituições bancárias, dando assim maior credibilidade ao contato.
Ao longo do contato, os estelionatários conseguiam obter com as vítimas dados bancários, senhas alfanuméricas e dados pessoais. Ao final do atendimento, os golpistas faziam as vítimas acreditarem que seu cartão estava bloqueado e as orientavam a cortá-lo, mas sem danificar o chip, informando-as que enviariam um funcionário do banco ou outro agente do Estado para recolher o cartão visando realizar uma perícia. Porém, este suposto representante do banco ou do Estado, na verdade, é um integrante do grupo criminoso, que, após recolher os cartões imediatamente passa a realizar diversas compras, saques e transferências indevidas utilizando a senha disponibilizada pela vítima durante a ligação mantida com outros integrantes do grupo, causando grande prejuízo.
A Operação Guardian, que teve início nesta quinta-feira, tem como alvo correntistas que recepcionaram valores transferidos das contas das vítimas e os responsáveis pelas máquinas de cartão apreendidas em poder do homem preso em flagrante, utilizadas para realização de compras indevidas, diligência. As ações da operação continuam na tentativa de identificar os demais membros da associação criminosa responsáveis por realizar as ligações às vítimas.
Visando evitar esta modalidade de estelionato, a Polícia Civil orienta às pessoas a desligarem a ligação em caso de chamada deste tipo. Para confirmar a veracidade da ocasião, o indivíduo deve realizar uma ligação no número que consta no cartão de crédito através de uma outra linha telefônica ou procurar a agência de sua instituição bancária e tratar de problemas que envolvem sua conta e cartões diretamente com o gerente.
Maiores informações acerca de modalidades de estelionato podem ser obtidas através do link na Cartilha Golpe? Tô Fora!: https://www.ssp.sp.gov.br/midia/Midia/00000349.pdf.
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