OMS reconhece síndrome de Burnout como doença ocupacional

Psicóloga Aline Tanaka fala sobre o problema caracterizado por distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante

Saúde & Bem Estar - DA REDAÇÃO

Data 02/03/2022
Horário 07:55
Foto: Freepik
Síndrome de Burnout também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional
Síndrome de Burnout também é conhecida como síndrome do esgotamento profissional

A síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, passou a ser reconhecida como doença ocupacional pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Diante do assunto, para que os leitores e internautas desta edição de O Imparcial entendam um pouco mais, a psicóloga clínica, neuropsicóloga e hipnoterapeuta, de Presidente Prudente, Aline Tanaka Campos Filitto, explana sobre o que caracteriza essa síndrome, quem está suscetível a desenvolvê-la, quais são os principais sintomas, entre outras informações importantes.
De acordo com Aline, a síndrome de Burnout é caracterizada por um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita responsabilidade e competitividade.
“Logo está suscetível a desenvolvê-la exatamente a pessoa que trabalha em excesso de estresse, pressão constante e sob muita tensão emocional”, alerta a especialista. Ela menciona que o diagnóstico é feito por um profissional de saúde, que pode ser um terapeuta ou psiquiatra, que geralmente identifica os três principais sintomas que são: exaustão, menor identificação com o trabalho e sensação da redução de capacidade profissional.
“E procura saber se estão relacionados ao trabalho. Mas o ideal é um trabalho em conjunto com um psicólogo que vai orientar no tratamento dessa síndrome e, muitas vezes, ver a necessidade de outros profissionais”, expõe Aline.

Sintomas de fácil detecção

Vários são os sintomas que a pessoa pode apresentar quando está sofrendo de síndrome de Burnout. Cansaço mental e físico excessivos; insônia; dificuldade de concentração; perda de apetite; irritabilidade e agressividade; lapsos de memória; baixa autoestima; desânimo e apatia; dores de cabeça e no corpo; negatividade constante; sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança; isolamento social; pressão alta; e tristeza excessiva.
“O tratamento da síndrome pode ser feito por meio de medicamentos para tratar de seus sintomas. É de suma necessidade que o indivíduo faça terapia e acompanhamentos com um médico de forma constante”, enfatiza a psicóloga.

Saúde mental e física afetada

Quando a pessoa atinge o limite das suas emoções vêm às consequências do esgotamento profissional para a saúde mental e física dela. Conforme Aline, o indivíduo pode desenvolver distúrbios psíquicos como transtorno de ansiedade generalizada, crises de pânico e depressão.
Ela destaca que, ao iniciar o tratamento, a primeira tarefa é indicar as causas, eliminar os fatores de estresse, promovendo alterações onde for necessário, seja no aspecto profissional ou pessoal. “O recomendado é promover mudanças no estilo e dinâmica de vida, assumir o controle sobre o estresse. Elaborar e ressignificar experiências impactantes da vida também é fundamental. É aconselhável a prática de algum exercício físico para ajudar a não adoecer”, orienta a neuropsicóloga .

Início da vigência

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) informou à Agência Brasil que o início da vigência da nova lista de doenças demandará uma atualização de normativos internos, o que ocorrerá “aos poucos”. Conforme o órgão, o direito a benefícios associados ao afastamento temporário é garantindo a quem comprovar incapacidade de realizar o trabalho (https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2022-01/sindrome-de-burnout-e-reconhecida-como-fenomeno-ocupacional-pela-oms)

Foto: Cedida


Aline diz que ideal é um trabalho em conjunto com terapeuta ou psiquiatra e um psicólogo

Publicidade

Veja também