Oftalmologia e dermatologia são especialidades mais procuradas

PRUDENTE - Mariane Gaspareto

Data 01/12/2015
Horário 06:48
 

Segundo o conselheiro regional do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), Roberto Lotfi Júnior, a oftalmologia e a dermatologia estão entre as especialidades mais procuradas para residência entre os médicos da região. A informação foi dada ontem, dia em que o Cremesp divulgou o estudo Demografia Médica no Brasil 2015, com dados sobre o perfil dos médicos nos Estados e no país.

Em São Paulo, de acordo com o documento, são 117.994 médicos registrados, dos quais 67.584 são homens e 50.410 mulheres. Do total, 60,8% são especialistas e 39,2% generalistas, sendo as especialidades mais procuradas pediatria (com 10.032 médicos), clínica médica (9.518) cirurgia geral (8.246) e ginecologia e obstetrícia (7.884).

Apesar de seguir a tendência estadual e ter uma grande procura dos médicos recém-formados por especialidades como ginecologia e pediatria, o que é uma realidade nacional, Lofti destacou a procura pelas especialidades tidas como "estéticas" (dermatologia e oftalmologia) pelos novos médicos. "Houve um aumento grande no interesse dos jovens, acredito que tanto pela grande demanda por consultas nessas áreas, bem como pelo perfil desse novo médico, que acaba buscando mais um resultado imediato após a formação, e procurando essas especialidades que contam com uma boa procura", afirma.

De acordo com o conselheiro regional, muitos procuram, sobretudo, a dermatologia por seu aspecto estético e por ser uma especialidade médica que chama a atenção da população pela vaidade arraigada no brasileiro. "Além disso, essas especialidades não trazem muitos problemas em relação ao contato com os pacientes como outras que tratam de situações mais graves, em que os médicos chegam a sofrer até agressões e não são respeitados", declara.

 

Perfil dos médicos


Ainda abordando o perfil dos médicos regionais, Lotfi informa ainda que a maioria (cerca de 53%) é composta por mulheres, e que a tendência é de que essa porcentagem aumente ainda mais no decorrer dos próximos anos. Ele acrescenta que a faixa etária da maior parte é entre 25 e 45 anos. Cita ainda que, apesar da grande procura por especialidades, a região conta com um grande número de generalistas, porque muitos estão se formando em universidades próximas e não há vaga suficiente em residências para atender a todos.  "Como não é todo mundo que consegue se especializar logo após concluir a graduação, eles acabam trabalhando temporariamente como generalistas, procurando serviços públicos, mas apenas até entrarem em uma residência", esclarece.

 
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