Oito dos 53 municípios do oeste paulista serão comandados por mulheres na gestão municipal 2025/2028. O número, que representa 15% dos prefeitos eleitos, ficou aquém do registrado nas eleições de 2020, quando nove candidatas assumiram a chefia do Executivo. Dentre as escolhidas pelo povo na votação do último domingo, seis alcançaram a reeleição, nas cidades de Caiabu, Lucélia, Osvaldo Cruz, Piquerobi, Presidente Venceslau e Salmourão. Além destas, Dracena e Iepê terão à frente da Prefeitura no próximo mandato representantes do sexo feminino, ambas com histórico de participação política no Legislativo de suas cidades.
Em Caiabu, Suelen Mative, de partido Republicanos, foi reeleita com 2.226 votos (73,37%). Ela terá como vice Elpídio Batista (PP). Também seguirá no cargo a prefeita de Lucélia, Tati Guilhermino (PSD), que ao lado de Valdecir (PSDB), registrou 6.537 votos (68,59%), no domingo. O mesmo ocorre em Osvaldo Cruz, onde Vera Morena (PP), junto ao vice Amilton Albertinazzi (PSD), seguirá à frente do Executivo, depois de catalogar 6.865 votos (41,41%).
Na cidade de Piquerobi, Adriana Crivelli (MDB), foi reeleita com 100% dos 1.760 votos. Seu vice é Gilberto Bonini, do União Brasil. Ainda continuará os trabalhos na próxima gestão, a atual chefe do Executivo de Presidente Venceslau, Bárbara Vilches (PP), que ao lado de Patrício Becker (União), recebeu 13.585 votos (70,96%). Por fim, Sônia Gabau (PSD) manterá o comando do Executivo em Salmourão, em chapa totalmente feminina, ao ser acompanhada de Marcia Pravato (PP).
Suplente de vereador no atual mandato, Geni Lobo (PP), ao lado do vice Jaime Nakano (PP), assumirá a Prefeitura de Dracena pela primeira vez em 2025. Mesmo cenário em Iepê, onde Marta Enfermeira (União), vereadora na atual legislatura 2020/2024, bem como na anterior 2016/2020, estreia na chefia do Executivo, ao lado de Adelino Braga (União).
Posição de responsabilidade
Bárbara Vilches, prefeita de Presidente Venceslau, avalia que atualmente a presença das mulheres na política ainda é “tímida”. “Mas, é necessário ressaltar o aumento da participação e o estímulo para que as mulheres possam contribuir não apenas na política, mas nas demais áreas em que antes o espaço era negado”, frisa. “Quero deixar meus cumprimentos a todas as prefeitas que foram eleitas ou reeleitas no oeste paulista, bem como as vereadoras que estarão nas Câmaras Municipais em 2025. Estar nessa posição exige muita responsabilidade”, comenta.
“Entendo a importância de ocupar este cargo para a representatividade feminina, para mostrar que a mulher pode ocupar todos os espaços da sociedade e começar a abrir um caminho. As pessoas têm muita expectativa em nós. As crianças possuem um olhar diferente quando veem um prefeito, então procuro ter sempre zelo em tudo o que eu faço”, complementa a chefe do Executivo venceslauense.
Figura de liderança
Tati Guilhermino, que novamente estará à frente da administração municipal de Lucélia, argumenta que “a mulher na política é como ela é em casa, em uma família”. “Lidera, tem seu toque de cuidado, tem sua opinião e não recua frente aos obstáculos do dia a dia. Ser mulher no meio político ainda é um grande desafio. Em diversos momentos nos deparamos com o machismo, a falta de respeito e uma dúvida diária de muitos que não acreditam que a mulher pode, sim, liderar uma comunidade, uma cidade e um país”, conta a prefeita.
“A mulher pode ser o que quiser e estar onde quiser. Provamos isso e continuaremos focados rumo a um município desenvolvido. Vencer três homens numa disputa onde eu fui a única do sexo considerado frágil é lavar a alma e ter a certeza da aprovação da nossa gestão, assim como ocorreu em diversos municípios”, considera.
“Mulheres arrasam”
Adriana Crivelli, única opção nas urnas para os eleitores de Piquerobi, alcançou este papel depois de conseguir conquistar até mesmo o apoio da oposição. Quanto ao diferencial da participação feminina na política, ressalta que é em função delas terem “uma visão ampliada das coisas”. “A gente faz muitas coisas ao mesmo tempo, é muito detalhista. Então, o diferencial da mulher no Poder Executivo é de ter aquele olhar de mãe, que cuida, que zela, que quer o melhor. Então, realmente a mulher tem um diferencial, sim. Os homens que nos perdoem, mas a gente arrasa”, brinca.
Cedida/Assessoria de Imprensa
Bárbara Vilches, prefeita de Presidente Venceslau, avalia que presença das mulheres ainda é “tímida”
Reprodução/Prefeitura de Lucélia
Tati Guilhermino: “vencer três homens numa disputa em que fui a única do sexo considerado frágil é lavar a alma”
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Adriana Crivelli: “o diferencial da mulher no Poder Executivo é de ter aquele olhar de mãe, que cuida, que zela, que quer o melhor”
