A colheita da pitaia no oeste paulista está a pleno vapor. Conhecida como "fruta-do-dragão" por sua aparência exótica, a pitaia começou a ser colhida em dezembro do ano passado e segue até maio. A produção cresce a cada ano, impulsionando a fruticultura na região. Em Narandiba, o produtor Frederico Haruki Suzuki, pioneiro na comercialização da fruta no Estado de São Paulo, acompanha de perto mais uma safra promissora. Com 5 mil pés plantados em uma área de aproximadamente três alqueires, Fred espera colher cerca de 15 mil quilos da fruta nesta temporada. “A pitaia tem várias colheitas ao longo do ciclo, podendo chegar a 10 ou 12 floradas”, explica o produtor, que cultiva a fruta há 20 anos.
Além da tradicional pitaia de casca rosa e polpa branca ou vermelha, Frederico também aposta no cultivo da pitaia amarela, uma variedade apreciada por seu sabor doce e intenso. O crescimento da produção reforça o potencial da região no mercado da fruticultura e destaca a pitaia como uma opção cada vez mais valorizada pelos consumidores.
Com a colheita em andamento e uma expectativa positiva, os produtores do oeste paulista seguem consolidando a região como um dos polos da pitaia no Brasil.
E toda a sua produção e também a de outros fruticultores da região são enviadas para a Ceagesp de São Paulo (Companhia de Entrepostos e Armazéns de São Paulo). “Vendemos através da Faop [Fruticultores Associados do Oeste Paulista], criada há uns 20 anos, para fomentar a fruticultura na região, facilitando na hora de comercializar o produto, na compra de insumos. A Faop hoje possui 30 produtores associados”, ressalta Fred.
Além da pitaia vermelha, Fred também trabalha com a amarela, mas não em grande produção, apenas para mostrar a espécie para os visitantes da propriedade no projeto Rota das Frutas Exóticas.
A pitaia amarela, também conhecida como Selenicereus megalanthus, é uma variedade que se destaca por sua coloração vibrante e sabor adocicado.
Originária da América Central e do norte da América do Sul, essa espécie é cultivada principalmente na Colômbia, Equador e Peru. Ele também produz uva, amora, jabuticaba, pitanga, lichia e abacate.
Segundo o produtor Fred, a pitaia é uma planta de fácil manejo. Se adapta bem a temperaturas quentes, como as do oeste paulista. “A pitaia necessita de bastante luz solar e um solo bem drenado. Ela precisa na verdade só de água”. É uma planta resistente a pragas e doenças, o que facilita o cultivo.
Rica em nutrientes, a pitaia oferece diversos benefícios para a saúde, entre eles, o combate aos radicais livres. Por conter antioxidantes, como a vitamina C e betacaroteno, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, promovendo a saúde celular.
Também é uma boa fonte de fibras, o que pode ajudar a melhorar a digestão e a regular o intestino. Além de ter poucas calorias, também pode ser uma opção para quem busca controlar o peso.
SAIBA MAIS
Rota das Frutas
O projeto Rota das Frutas trata-se de um café colonial servido na área externa da propriedade da Família Suzuki, onde os visitantes podem ter uma experiência incrível em meio à natureza.
Curiosidade
PITAIA OU PITAYA?Ambas as formas de escrita estão corretas: "pitaia" e "pitaya". A forma "pitaia" é mais utilizada no Brasil. Embora “pitaya” conste em dicionários brasileiros, não está registrada no Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa). A palavra "pitaia" vem do idioma taíno e significa "fruta escamosa". A fruta é também conhecida como "fruta-do-dragão" ou "dragon fruit".
Fotos: Sinomar Calmona
Produção de pitaia da propriedade do Frederico Suzuki, em Narandiba
Frederico Suzuki e a esposa
Frederico também aposta no cultivo da pitaia amarela, uma variedade apreciada por seu sabor doce e intenso
