As obras realizadas pela GasBrasiliano para construção dos 65,5 quilômetros de rede que levarão o biometano da Usina Cocal, em Narandiba, a Pirapozinho e Presidente Prudente, estão sendo realizadas conforme o cronograma. De acordo a empresa, o projeto está na fase de instalação da rede de distribuição na área urbana de Prudente, sendo realizada pelo método não destrutivo, através da perfuração dirigida (pequenas valas a cada 100 metros, sem abertura de valas contínuas, preservando as áreas onde a tubulação é instalada e com reduzidos danos). As obras do projeto “Cidades Sustentáveis” foram iniciadas em agosto de 2021 e a previsão de conclusão é estimada para final de julho.
A proposta colocará os municípios de Narandiba, Pirapozinho e Presidente Prudente em destaque nacional no que diz respeito ao abastecimento com o biometano gerado a partir do processamento de resíduos da cana-de-açúcar. A GasBrasiliano e a Usina Cocal são parceiras na iniciativa, sendo a primeira responsável pela construção de gasodutos para distribuição do biometano na região, e a segunda pela produção do biometano, que pode chegar até 25 mil m³/dia. O projeto conta ainda com a parceria da Sima (Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo).
Serão construídos aproximadamente 51 quilômetros de tubulação em aço (DN4") para interligação entre a fonte de suprimento (Usina Cocal, localizada em Narandiba) ao mercado consumidor (Narandiba, Pirapozinho e Presidente Prudente) e mais 14,5 quilômetros de tubulação em PEAD (polietileno de alta densidade) para a conexão do mercado industrial, comercial, residencial e veicular, localizados na área urbana destes municípios.
“Por meio da rede de distribuição, o biometano [produzido a partir de vinhaça, palha e torta de filtro - resíduos do processamento da cana-de-açúcar] partirá de Narandiba, cidade onde a Cocal está localizada, e poderá atender residências, comércios, indústrias e veículos leves e pesados [GNV, gás natural veicular] de Presidente Prudente, além de Pirapozinho, também contemplada no projeto, promovendo diversidade energética, competitividade à indústria e fomento à expansão da rede em regiões mais distantes”, explicou o diretor presidente da GasBrasiliano, Alex Gasparetto, em agosto do ano passado.
“A Cocal no seu propósito de promover o desenvolvimento na região onde atua, agora com mais esse empreendimento, uma planta para a produção de biogás e biometano, a partir dos seus resíduos industriais, oferece um produto 100% sustentável, gerando energia limpa em forma de eletricidade e combustível limpo em forma de biometano”, afirmou à época o diretor superintendente do Grupo Cocal, Paulo Zanetti.
Previsão do término das obras da rede de distribuição e início de fornecimento do gás canalizado para os clientes é julho de 2022
O investimento total estimado é de R$ 180 milhões, sendo R$ 30 milhões da GasBrasiliano para construção da rede de distribuição e R$ 150 milhões da Cocal na construção da planta para a produção de biometano, que já está concluída. A previsão do término das obras da rede de distribuição e início de fornecimento do gás canalizado para os clientes é julho de 2022.
O projeto “Cidades Sustentáveis” faz parte da estratégia da GasBrasiliano de alavancar a inserção do biometano na matriz energética do Estado de São Paulo, valorizando uma vocação da sua área de concessão, que tem uma concentração alta de usinas do setor sucroenergético, e exercendo o seu papel de desenvolver a infraestrutura local de distribuição de gás.
O projeto, cuja ótica operacional e econômica poderá ser replicada para diversos outros municípios e regiões administrativas do noroeste paulista, agregado ao grande potencial de produção de biometano do setor sucroenergético, colabora com o desenvolvimento regional e coloca a região na vitrine mundial desta fonte energética sustentável.
SAIBA MAIS
Em 2020, a Usina Cocal detalhou que, para o meio ambiente, a iniciativa terá como benefício a redução da emissão de gás carbônico, sendo que biometano pode reduzir 95% da emissão de CO² dos combustíveis e os biofertilizantes podem reduzir 75% da emissão de CO² dos fertilizantes. “Essa produção será benéfica para o meio ambiente, pois oferece uma nova fonte de energia limpa e renovável para consumo, contribui para o desenvolvimento regional e garante uma destinação nobre para os resíduos industriais”, complementou a empresa.
Vários fatores motivaram a Cocal nesse investimento, dentre eles, atender a região com um combustível (gás) renovável e limpo; produzir uma energia limpa e renovável (etanol) a partir de um combustível limpo e verde, o biometano; tecnologia disponível para produção durante o ano todo (12 meses); demanda de biogás na região de Presidente Prudente; e incentivo do programa RenovaBio para redução da emissão de CO².
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