Obras embargadas em Prudente reduzem 63,5% em 1 ano, diz Seplan

De acordo com a Prefeitura, diminuição ocorreu devido a mutirões de fiscalização realizados em bairros e locais específicos da cidade; crise econômica também refletiu nos dados

PRUDENTE - BIANCA SANTOS

Data 06/07/2017
Horário 13:07
José Reis, Equipe da Secretaria Municipal de Planejamento realiza mutirões de fiscalizações periódicas às obras realizada em Prudente
José Reis, Equipe da Secretaria Municipal de Planejamento realiza mutirões de fiscalizações periódicas às obras realizada em Prudente

Dados da Seplan (Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação) de Presidente Prudente apontam decréscimo de 63,5% no número de obras embargadas no município. Entre janeiro e junho do ano passado, 211 empreendimentos foram paralisados pela Prefeitura devido a alguma irregularidade, enquanto neste ano, no mesmo período, houve 77 embargos.

O titular da Seplan, José Nivaldo Luchetti, esclarece que a “expressiva” redução nos números se justifica pela intensificação dos trabalhos de fiscalização, com mutirões em bairros e locais específicos, realizados uma vez por semana, que impedem o início ou continuação de obras em desacordo com os parâmetros legais. “Outro fator que contribui para este cenário é que até o ano passado ainda havia muitos empreendimentos do governo federal, como os do programa Minha Casa, Minha Vida, o que já não ocorre neste ano. Porém, observa-se que há o aumento nas obras de maior extensão de metros quadrados na cidade” acrescenta.

O delegado regional do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), Alberico Pasqualini, considera que o programa do governo supracitado está “estagnado”, pois tem percebido que muitos projetos de obras, apesar de estarem finalizados, esperam a aprovação da CEF (Caixa Econômica Federal). “Consequentemente, o mercado da construção civil desacelera se não há a liberação do crédito para iniciar as edificações pendentes na cidade”, expõe.

 

Embargos

Conforme o titular da Seplan, entre os principais motivos que levam ao embargo, destacam-se o descumprimento de normas técnicas durante a execução da obra, ou ausência de projeto. “Nossa equipe promove fiscalizações periódicas às obras e, ao constatar qualquer irregularidade, o responsável é multado e a obra é paralisada até que o proprietário apresente novamente o projeto à Seplan, com as devidas correções dos engenheiros”, afirma.

A obra embargada também representa um problema social, aponta o chefe da pasta. Segundo ele, quando o empreendimento fica parado por muito tempo, o terreno passa a ser um transtorno para os moradores daquela região, pois se torna um potencial criadouro de animais peçonhentos, insetos e larvas do mosquito Aedes aegypti, entre outros. “Caso alguém queira denunciar alguma situação semelhante, pode ligar diretamente para a central 156 do município, que a reclamação será encaminhada para a pasta”, orienta.

 

SERVIÇO

Para obter mais informações sobre as exigências para o início de obras ou reformas consulte o Manual de Aprovação de Obras, no site da Prefeitura: http://www.presidenteprudente.sp.gov.br, ou ainda na própria Seplan, localizada no Paço Municipal, na Avenida Coronel José Soares Marcondes, 1200, centro.

 

“Outro fator que contribui para este cenário é que até o ano passado ainda havia muitos empreendimentos do governo federal, como os do programa Minha Casa, Minha Vida, o que já não ocorre neste ano”

José Nivaldo Luchetti,

secretário de Planejamento

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