Obras de artista plástica expressam emoções do cotidiano, em telas

Mostra de arte de alguns trabalhos da machadense Lisandra Ferruzzi podem ser vistos até domingo, na Galeria Takeo Sawada

VARIEDADES - SANDRA PRATA

Data 30/08/2018
Horário 07:00
José Reis - Ainda dá tempo de apreciar as telas de Lisandra que estão no Matarazzo  
José Reis - Ainda dá tempo de apreciar as telas de Lisandra que estão no Matarazzo  

O Centro Cultural Matarazzo já é referência quando o assunto é cultura na cidade de Presidente Prudente (SP), bem como a Secult (Secretaria Municipal de Cultura) sempre abre espaço para artistas divulgarem seus trabalhos artísticos no local. E uma das que aproveitaram essa oportunidade, durante todo o mês, foi a artística plástica machadense Lisandra Ferruzzi Garcia, 43 anos, que fica na Galeria Takeo Sawada até domingo com uma exposição com 14 de suas telas.

“Escolhi quadros que agradassem todo tipo de público. Por isso tem de tudo um pouco, cores, texturas, sou muito eclética”, expõe.

Lisandra conta que sempre teve aptidão para a pintura, desde criança quando sempre desenhava em detalhes tudo que via. E há 18 anos, serviu de estopim para a fundação do Ateliê Lisandra Feruzzi localizado em Álvares Machado. “Minhas amigas sempre pediam para que eu ensinasse a pintar. Isso me motivou a abrir um espaço exclusivo. A arte é tudo em minha vida. Hoje, pintar é como uma terapia. Agradeço a Deus por este dom. É bem como dizem: eu respiro arte! Na verdade, acredito que todos respiramos, porque tudo em nossa volta é artístico”, explana.

Lisandra é membro da Alacop (Academia de Letras, Artes e Ciências do Oeste Paulista) e atualmente trabalha como professora de Artes Visuais na Galeria Oficina Cultural Cristal de Talentos da Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos).

José Reis - Segundo a artista, a pintura é um dom que desenvolveu desde criança

Dando vida ao dom

Embora Lisandra não tenha um estilo único de trabalho, ela destaca que a arte modernista tem um espaço especial em seu coração. “Gosto muito de trabalhar com texturas, em alguns casos prefiro trabalhar com espátula a pincel para preservar a texturização que gostaria de passar”, revela.

Entre suas inspirações, a artista explica que em parte se dá pelas obras clássicas e impressionistas, no entanto, a grande maioria são vibrações espontâneas. “Surge na hora que começo a pintar, são coisas do dia-a-dia, imagino uma emoção e esta vai determinar o estilo da tela. Por isso, não me prendo a uma única característica”, pontua.

Sobre as mensagens que busca passar com sua arte, Lisandra diz que idealiza sensações como paz, tranquilidade, alegria e leveza. “Busco fazer com que minha arte dissemine a cultura no meio social”, acentua.

José Reis - Lisandra afirma que sempre busca passar emoções cotidianas em suas telas

Passando por gerações

Apesar de não ter uma influência externa para começar a pintar, Lisandra revela que quando o assunto é sua filha, a situação muda de figura. A pequena Ana Júlia de 11 anos já começou a mostrar que provavelmente seguirá os mesmos passos da mãe.

“Desde novinha ela gosta muito de desenhar, e agora a gente pinta junto, ensino ela, é minha pequena artista, sei que ainda é muito cedo mas ela já começou a mostrar seu próprio estilo, acredito que grande culpa seja pelo contato diário comigo”, frisa Lisandra.

Cedida - Lisandra e sua filha Ana Júlia, de 11 anos, pintam juntas

Abrindo espaços

Segundo o produtor cultural da Secult, Adolfo Tiago Ferreira Lima, abrir espaço para artistas, principalmente os locais, aumenta a visibilidade de seus projetos. “Não cobramos para expor, temos uma agenda e quando alguma data está vaga convidamos artistas, mas em grande maioria eles que nos procuram”, explica o produtor.

Entre os ganhos de expor os trabalhos no Matarazzo, Tiago destaca o fluxo constante de pessoas que auxilia em uma divulgação orgânica. “Recebemos grupos de escolas, apresentamos toda a estrutura e automaticamente eles acabam conhecendo os artistas, os trabalhos aqui expostos. É uma formação de público interessante”, enfatiza.

“Hoje, pintar é como uma terapia. Agradeço a Deus por este dom. É bem como dizem: eu respiro arte! Na verdade, acredito que todos respiramos, porque tudo em nossa volta é artístico”

Lisandra Ferruzzi Garcia

artista plástica

Cedida - Entre as telas preferidas, Lisandra destaca as de textura que trabalha com espátulas

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