Em agosto de 2016, quem passasse por Teodoro Sampaio poderia se deparar com o abandono e descaso, diante à paralisação nas obras da construção de mais uma Etec (Escola Técnica Estadual), promovida pelo Centro Paula Souza, que resultou no "abandono" de trabalhadores contratados pela SLT Engenharia e Construções. No cenário atual, quase oito meses depois, a instituição educacional anunciou que os trabalhos serão retomados ainda neste ano. A superintendente e professora Laura Laganá, em parceria com o deputado estadual Cássio Navarro (PMDB), se encontraram, na última semana, para por em pauta a abertura de um processo licitatório, que deverá ocorrer até o próximo mês.
Em agosto de 2016, trabalhadores foram "abandonados" na obra e pleiteavam seus direitos
Entender a dificuldade e o porquê de tanto tempo parado. De acordo com o parlamentar, essa foi a motivação do encontro. Com famílias e negócios na região, ele afirma que em uma de suas visitas, esteve com um grupo de vereadores de Teodoro Sampaio, que pleiteavam pela intercessão. "Diante à demanda, decidi me reunir com os representantes do Centro Paula Souza, a fim de discutir o que realmente poderia ser feito, quando recebi a informação das ocorrências que tiveram. Foi feito um compromisso com o órgão para a retomada do processo", completa.
Por meio da Assessoria de Comunicação, o Centro Paula Souza informa que a licitação para a retomada dos trabalhos na construção da Etec Professora Nair Luccas Ribeiro está prevista para 2017. O órgão ainda salienta que "até o mês de abril será finalizado o levantamento da obra já iniciada para dar continuidade aos trâmites burocráticos que antecedem a liberação do processo licitatório, como a elaboração do edital, por exemplo".
Ainda de acordo com Cássio, para que não haja o mesmo problema, foi solicitado que o edital tenha cláusulas que peçam a comprovação da capacidade de realizar a obra, perante as empresas que concorrerem, bem como a necessidade de substituir por outra, logo de imediato, caso a escolhida também não consiga concluir o trabalho.
Inquérito civil
Na época, em meio ao abandono da obra, o MPT (Ministério Público do Trabalho) interveio. A procuradora do Trabalho, Renata Aparecida Crema Botasso, informa que o procedimento de busca pela SLT Engenharia e Construções continua, "para obter a adequação da conduta dela, de modo que o ocorrido não se repita".
No lado das vítimas, a procuradora ainda afirma que o MPT não está à frente dos trâmites e negociações, mas que chegou ao reconhecimento do órgão a resistência de alguns empregados em receber ajuda do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil) de Presidente Prudente, instituição responsável pelos trabalhadores. Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contatar a entidade para repercutir o assunto.
