OAB que levar estrutura da CPJ de Prudente ao Estado do Paraná

De acordo com os pesquisadores, a ideia é levantar subsídios para que o governo paranaense possa adotar a prática realizada na cidade.

PRUDENTE - Flávio Veras

Data 24/05/2014
Horário 00:36
 

O modelo da CPJ (Central de Polícia Judiciária) adotado em Presidente Prudente está servindo como referência para OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Paraná como ideal a ser implantado para estruturar a Polícia Civil em seu Estado de atuação. O estudo é desenvolvido por dois representantes da OAB de Londrina (PR) e um membro estadual da instituição. De acordo com os pesquisadores, a ideia é levantar subsídios para que o governo paranaense possa adotar a prática realizada na cidade.

Jornal O Imparcial Delegado Negré, do Necrim

Os membros da OAB-PR visitaram a unidade da CPJ prudentina na tarde de ontem. Segundo o representante da diretoria da OAB-PR, Subseção de Londrina, Luís Guilherme Cassarotti, o procedimento de polícia investigativa no Estado onde ele reside está ultrapassado. Cassarotti entende que o trabalho ao qual vem sendo realizado em São Paulo, principalmente em Prudente, demonstra essa defasagem. "A Polícia Civil local conseguiu melhorar o atendimento e aumentar o número de esclarecimentos das investigações. Nós entendemos que fazendo esse levantamento teremos argumentação para levar esse projeto até o governo do nosso Estado. Nossa expectativa é que a ideia seja aceita e implementada o mais breve possível pelos responsáveis da segurança pública paranaense", projeta.

 

Necrim


Além da estrutura física adotada na CPJ, os pesquisadores ainda pretendem propor a criação do Núcleo Especial Criminal (Necrim), como é o caso da instituição prudentina. De acordo com o responsável pelo Necrim, delegado Wagner Silva Negré, em pouco mais de 10 meses de criação, o órgão atendeu aproximadamente 620 casos, onde 90% deles tiveram como desfecho a negociação. A meta para esse ano é chegar a 800 atendimentos. "A maioria dos casos que nos é trazido tem relação a acidente de trânsito. Antes de existir o núcleo, esse tipo de solução levava no mínimo cinco meses para serem resolvidos. Já a nossa média para a confirmação de um acordo é de 30 dias", ressalta.

Para o representante da OAB paranaense, o Necrim em Prudente está beneficiando tanto a população quanto o Poder Judiciário local. "Casos de menor potencial ofensivo abarrotam os fóruns de todo o país. Esses tipos de juizados ajudam a desafogar a demanda de trabalho da Justiça, e prestam um serviço rápido e de qualidade à população. Portanto, entendo que o núcleo só tem a contribuir com quem trabalha com a Justiça e para quem por ventura venha a precisar dela", esclarece.

Segundo a titular da CPJ, Ieda Maria Cavalli de Aguiar Filgueiras, a visita demonstra que o trabalho realizado pela sua equipe está sendo desenvolvido de forma satisfatória. Ainda de acordo com a delegada, desde a implantação da estrutura, o número de esclarecimentos dos crimes de menor potencial ofensivo e de autoria desconhecida, aos quais são de competência da central, saltou de 30 para 150, aumentando em cinco vezes. "Hoje, com a nova estrutura, concentramos todo o nosso setor de investigação em um único local. Essa facilidade melhora o trabalho dos agentes e garante que as vítimas tenham uma resposta rápida e eficaz", declara.

Além disso, Filgueiras explicou que o poder de soluções de casos da central é de 50%. Ao ser indagada sobre uma expectativa de meta, ela foi enfática em sua resposta. "Não estipulamos metas, pois o nosso desejo é atingir os 100%. Porém, sabemos que é quase impossível alcançar esse percentual, mas pretendemos chegar o mais próximo possível desse patamar", ressalta.

 

SERVIÇO


ENDEREÇO

A CPJ e o Necrim ficam na avenida Antônio Canhetti, 835, no jardim Cambuy. O horário de atendimento dos dois órgãos é das 8h às 18h.
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