O verdadeiro jejum

Diocese Informa

COLUNA - Diocese Informa

Data 19/03/2023
Horário 05:04

Qual é o jejum que Deus quer de nós? (Is 58,3-11). Texto Bíblico: “De que nos serve jejuar, se Tu não vez, humilharmos, se não ficas sabendo? Ora, no dia do vosso jejum, sabeis fazer bons negócios, brutalizais todos os que por vós labutam”. O jejum que eu prefiro, a caso não é esse: desatar os laços provenientes da maldade, desamarrar as correias do jugo, dar liberdade aos que estavam curvados, em suma, que despedaceis todos os jugos? Não é partilhar o teu pão com o faminto? Então, tu clamarás e o Senhor responderá, tu chamarás e Ele dirá: “aqui estou!” Se eliminares de tua casa o jugo, o dedo acusador, a palavra maléfica, se cederes ao faminto, o teu próprio bocado… tua escuridão será como o meio-dia. Sem sessar, o Senhor te guiará, em plena fornalha, Ele aliviará a tua garganta, e teus ossos, Ele revigorará (Is 58,3-11). 1º O jejum era muito valorizado, como prática religiosa, antigamente. Por exemplo, na festa da expiação, para implorar misericórdia (1Rs 21,12), e quando aconteciam desgraças. Os fariseus, também, o apreciavam, penso eu, até demais. 2º João Batista, percursor de Jesus Cristo, foi mais veterotestamentário, em seu espírito religioso: ele o fazia regularmente. Jesus, nem tanto. É claro: o jejum de injustiças, de maldades, de falsas acusações, Ele o apreciava. Jesus, de fato era diferente, por isso, dizia: “enquanto o esposo estiver presente” e o esposo era Ele próprio, os apóstolos não precisavam jejuar. Viria, porém, um tempo em que deveriam, fazê-lo. 3º O verdadeiro jejum, para nós cristão, se vive, amando e servindo aos irmãos. Sendo justos e amorosos. Misericordiosos.  Procurando perceber sua própria finitude e vivendo-a de acordo com o evangelho: como quem é limitado e pecador. 4º O melhor jejum, acontecerá, então, quando, o que for poupado, pelos que jejuam, é dado aos necessitados e pobres. Quando, há generosidade e solidariedade. Um dos modos de bem vivê-lo, é participar pessoal ou familiarmente da Campanha da Fraternidade de 2023, segundo as possibilidades.  5º Como será então nosso jejum? As catástrofes de Santos e São Sebastião, cidades de São Paulo e outras mais, como as do Rio de Janeiro e alhures, não seriam ocasião propícia, para exercitar nosso jejum, de modo mais cristão?  6º Recordando a Campanha da Fraternidade de 2023, o que nos pede? (Autor: Dom Carmo João Rhoden 
Bispo Emérito de Taubaté (SP).

MINI SERMÃO:
4º Domingo da Quaresma (Jo 9,1-41)

O cego sonhava ver e, os que viam insistiam em não ver. De fato, a pior cegueira é a espiritual. O cego de nascença tem os olhos da fé e do corpo curados. Os fariseus permanecem na escuridão, ainda que estejam com os olhos sadios. Preferem fechar os olhos para não se comprometerem com a verdade. Eis o que é o cristão: aquele que não enxergava, é lavado na piscina batismal e volta vendo. Eis o mundo: diz que vê, mas é cego. Jesus ao ungir o cego com a argila da terra e a sua saliva, recorda o ato vital de Deus ao criar o ser humano. Tomar consciência do que somos nos abre a visão da alma: somos criaturas de Deus, intimamente ligados à terra, mas recebemos um sopro divino. Deixemo-nos ter os olhos ungidos e lavados pelo Cristo. (Autor: Padre Rafael Moreira Campos).

AGENDA PAROQUIAL: Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Presidente Venceslau
- Missas -
Sábado: às 18h - Capela Nossa Senhora Aparecida e às 19h30 - Igreja Matriz;     
Domingo: às 7h - Capela São Judas Tadeu, às 8h30 - Capela Nosso Senhor do Bonfim, às 10h - Igreja Matriz, às 17h - Capela Santa Edwiges e às 19h - Igreja Matriz

MENSAGEM DO PAPA:

O que significa ter a luz verdadeira, caminhar na luz? Antes de tudo, significa abandonar as luzes falsas: a luz fria e fátua do preconceito contra os outros, porque o preconceito deturpa a realidade e enche-nos de aversão contra aqueles que julgamos sem misericórdia e condenamos sem apelação. Este é pão de todos os dias! Quando se fala mal dos outros, não se caminha na luz, caminha-se nas trevas. Outra luz falsa, por ser sedutora e ambígua, é a do interesse pessoal: se avaliarmos homens e aspetos com base no critério da nossa utilidade, do nosso prazer, do nosso prestígio, não exercemos a verdade nas relações e nas situações. Se formos pelo caminho da procura só do interesse pessoal, caminhamos nas trevas. (Fonte: www. vatican.va/ content/francesco/pt/angelus/2017)

Padre Rafael Moreira Campos
Adm. Paroquial Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Pres. Venceslau/SP
"Ouse ser o melhor. Ame!"
Instagram @eu_rafaelmoreira
Facebook www.facebook.com/rafaelmoreiracampos
Informações: Cúria Diocesana (18) 3918-5000
 

Publicidade

Veja também