O transplante

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da cama e da camareira (eu não disse camareira em cima da cama)

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 30/04/2024
Horário 05:30

(crônica baseada em piada de autor desconhecido)

Nervosa e ansiosa, a namorada caminhava de um lado para o outro. Por fim, já mais calma (dizem que tomou um Rivotril), dirigiu-se ao namorado e lembrou: "Amanhã é o dia do meu transplante do coração". E acrescentou: "Está sabendo, seu mané?" 
Reação do namorado: "Eu sei, não paro de pensar nisso", observou o rapaz, que a namorada tratava como um mané. Já mais afável e carinhosa, talvez pelo efeito do calmante, ela emendou um "eu te amo". 
Sensibilizado, o namorado, convicto do que falava, embora sem o parecer do Victor, como dizia o comediante Cantinflas, mandou ver: "Eu te amo, eu te amo muito mais". Depois da conversa, no dia seguinte a namorada foi passar pela delicada cirurgia num hospital conceituado. Aliás, hoje em dia ninguém mais é operado. O sujeito passa por cirurgia.
Quando acordou da cirurgia, ela teve uma surpresa: viu apenas o pai ao lado da cama. Preocupada e sonolenta por causa da anestesia geral, a namorada perguntou ao pai: "Cadê ele?". Meio sem jeito, ou completamente sem jeito, o pai explicou: "Não sabe quem doou o coração para você?"
Desesperada, a namorada foi lacônica em sua fala: "Impossível! Por quê?" E começou a chorar. Um rio de lágrimas, como diz a bela canção "Cry Me a River", da cantora Julie London. Na verdade, o pai fez uma brincadeira de mau gosto com a filha em um momento dramático (mais um idiota).
"Estou zoando com você. Ele (o namorado) foi ao banheiro, pois não aguentava "segurar" mais", explicou o pai. Quer dizer: o rapaz "tirou a água do joelho" e "soltou o barro". Para limpar um pouco a barra, que estava mais suja do que cueca de mendigo, o babaca do pai emendou: "Filhinha, era só para testar o seu coração novo".  

DROPS

Se o seu filho te dá muito trabalho é sinal, pai, de que você nunca ficará desempregado.

A realidade é diabólica.
(do filme "Um Domingo Maravilhoso", de Akira Kurosawa)

A beleza é passageira.
(da peça e do filme "Uma Rua Chamada Pecado" ou "Um Bonde Chamado Desejo", de Tennessee Wiliams)

Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer.
(Barão de Itararé)

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