Me lembrei de um poderoso poema escrito pelo grande poeta Mário Quintana sobre a importância do tempo:
"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida"...
O tempo é o mais valioso e único bem verdadeiro que temos. Como vivemos? Cabe uma reflexão. Como cada um de nós vive ou viveu seu próprio tempo? Olhando essa fotografia de 1986 tirada no casamento do meu irmão Sérgio com a minha amada cunhada Claudina (in memoriam), o tempo passou muito rápido e, mesmo assim, ele não conseguiu apagar as minhas ilusões. Meus amigos permanecem os mesmos que, para mim, é uma dádiva.
Trinta e sete anos já se passaram e o tempo nos ensinou muitas coisas. O que fomos ontem? O que somos hoje? O tempo é eterno, é intangível, é infinito e sempre corre muito rápido para além da nossa limitada compreensão, sempre será o Senhor da Razão. Olhando essa fotografia sinto orgulho e prazer. Nossa mocidade nunca foi um choro perdido e muito menos uma alegria efêmera de um gol anulado. Alguns dos amigos já não estão fisicamente entre nós, mas permanecem vivos em nossos corações. Adoramos estar perto uns dos outros e continuamos vivendo com humor, rindo dos efeitos que o Sr. nos causa e que está nos levando a experimentar outras emoções, outros desafios na nossa melhor idade.
Fisicamente já não somos mais os mesmos, mas a nossa alegria não envelheceu e muito menos a nossa capacidade de sonhar e desejar. Sr. Tempo continue com sua corrida desenfreada sem um fim determinado e pode ter certeza que cada amigo que olhar essa icônica foto vai sorrir dizendo: "Valeu a pena". Sabe Sr. Tempo, meu coração nunca será uma urna fria e meus sonhos jamais deixarão minhas mãos vazias. Haverá sempre uma nova canção para cantar e um novo sonho para sonhar. Meus amigos não fizeram do tempo apenas uma fumaça e continuam sonhadores vivendo a magia do dia a dia. Continuamos com sentimentos bons e fazemos da nossa vida um dia de graça. Nossa esperança é poderosa, fundamentada na realidade não vinculada em alguma utopia. Somos guerreiros Sr. Tempo e aproveito para apresentar os meus queridos amigos:
Em pé, da esquerda para a direita: Luiz Henrique, meu irmão Roy, Peixe, Dr. José Roberto Marcondes, José Jacinto Neto, Lê o "Garrote"(in memoriam), Persio, Pitt (in memoriam), o craque Vendramini, meu irmão Sérgio, Nelsinho Ruiz (in memoriam) e o doutor dos doutores, Luiz Augusto Siqueira.
Agachados:
Duca, Teco, Diorla, Valmir, Pitito (in memoriam), Antero e Ricardo Tahan. Ah Sr. Tempo! Quero que saibas que a única palavra que nos entristece é aquela que os nossos corações não foram capazes de dizer. É nóis.
