De acordo com os estudos, fruto das experiências que tivemos, eu e meus queridos amigos, Tiago Marcondes e o Dr. José Roberto Marcondes, chegamos à conclusão baseada na nossa criatividade e bom humor (o melhor remédio para enfrentar as agruras da vida) que a autocrítica, que é uma das causas principais dos sintomas do pânico, possui três níveis que batizamos de: Antonio Carlos Fortão, Julius Malditus e Hanibal Lecter.
Fortão é o mais jovem e por isso exige menos. Malditus já é adulto e bate pesado. E Hanibal Lecter come a gente vivo. Um exemplo para mostrar a crueldade de cada um desses níveis: Você está passeando num shopping e para na frente de uma loja masculina de Ermenegildo Zegna e começa a desejar um casaco de couro maravilhoso e aí a voz de Antonio Carlos Fortão aparece: "Bonito né, mas você não tem dinheiro pra comprar”. Uma crítica básica de uma jovem autocrítica e você acaba levando numa boa.
Aí chega o irado Julius Malditus: “Quer comprar? Mas você não se enxerga mesmo. És feio, sem charme nenhum, não tem um gato para dar ao menos uma água, não tem dinheiro porque não tem competência para ganhar e pra completar seu fdp é um fracassado total”. Você já sente a porrada do Malditus e não adianta tentar argumentar porque essa autocrítica é como um Sargento da marinha americana querendo que você seja um "Navy Seals".
Se preparem porque está chegando a mais experiente, a mais cruel, a mais insensata autocrítica, o temido Hanibal Lecter: “Por que você nasceu? Não serves pra nada seu inútil. Sabias que seu pai e sua mãe te odeiam seu fracalhão e ainda fica em frente dessa loja frequentada só por pessoas muito bem sucedidas na vida feito um idiota achando que um dia serás um deles seu vagabundo, fracassado, inútil, complexado”, e por aí vão os estímulos negativos de Lecter.
Bom gente vocês sentiram os três níveis da autocrítica. Qual delas no momento é a sua? Se chegou no nível do Hanibal Lecter não passe nem em frente da loja "Torra Torra". Vejam vocês!