O impacto de líderes tóxicos nas equipes 

OPINIÃO - Wilson Kunze

Data 19/10/2024
Horário 05:00

No episódio 03 do podcast "Casos Empresariais", foi discutida uma situação delicada que acontece em muitas empresas: a apropriação indevida de ideias e méritos por parte de um líder. O personagem Vanderlei personifica esse tipo de comportamento, apresentando as conquistas do time como se fossem suas, o que cria um ambiente de desconfiança e divisão.
Igor Toledo trouxe uma reflexão importante sobre a composição das equipes: "Em todo time, há pessoas que falam muito e fazem pouco, e pessoas que fazem muito e falam pouco. Precisamos ter abordagens diferentes para cada um desses perfis." Ele destacou a importância de prestar atenção em quem usa mais o 'eu' do que o 'nós', pois isso tende a limitar o desempenho coletivo. A presença de indivíduos como Vanderlei em uma equipe pode minar o espírito de cooperação e enfraquecer os resultados.
Ricardo Yamane também pontuou a relevância da alta gestão em ficar atenta à motivação de sua equipe. "Se há desmotivação, algo está errado. O bom líder precisa extrair o melhor do grupo, não focar apenas em si mesmo." Para ele, um perfil como o de Vanderlei é destrutivo para a empresa, gerando alta rotatividade. "Os bons acabam saindo, e fica difícil substituí-los", afirmou. Ricardo destacou como o livro “Casos Empresariais” é uma leitura essencial, pois muitas situações descritas ali, como o caso de Vanderlei, são reflexos de problemas enfrentados no dia a dia de empresas reais.
Raul Audi completou a análise mencionando os impactos diretos desse tipo de liderança instável. Ele observou que o comportamento de Vanderlei não só divide a equipe, como também compromete a confiança no ambiente de trabalho: "Há uma diminuição da coesão, aumento da rotatividade e uma queda significativa na produtividade, tudo causado pela falta de colaboração e comunicação eficaz."
Ainda segundo Raul, o desejo incessante de Vanderlei por crescimento, sem medir as consequências, evidenciou a falha da liderança em identificar o desvio de conduta. Isso levou a um ambiente de tensão, que comprometeu o engajamento da equipe e os resultados da organização.
A mensagem que fica é clara: líderes que não valorizam o trabalho coletivo, e que se apropriam dos méritos alheios, geram um impacto devastador nas equipes e no ambiente organizacional como um todo. Como bem frisou Igor, "quem faz a empresa rodar não é o diretor, nem o chefe, é quem está no operacional." Se a alta gestão não agir para reter esses talentos e promover um ambiente de cooperação, o negócio estará sempre comprometido.
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