Vive como um leão das montanhas. Quer morrer na solidão. Não procura a misericórdia e despreza a caridade. Não precisa da pena de ninguém. Já enfrentou muitas armadilhas nesse mundo que o desencantou. Sua voz é baixa e sua canção não é cheia de gritos. Ele fugiu desse mundo sem olhar para trás, galopando na sua desilusão. Sua vingança é cantar suavemente nas cordas do seu pensamento vivendo o melhor do seu sentimento.
Sua alma não é abalada e suas feridas são abertas pelos chicotes que a vida lhe deu. Seu sentimento é sagrado e as montanhas aonde vive lhe dá as flores que lhe dão calma. A beleza da natureza o alimenta como um lobo solitário que olha para luz brilhante da lua cheia e uiva como um agradecimento puro e sincero.
O homem solitário agradece por mais esse dia longe da humanidade que não acredita mais. Longe da insensatez humana, longe da violência sem nexo, longe da corrupção dos políticos, longe das religiões que só dividem as pessoas, longe das falsas democracias que fazem da miséria de muitos a felicidade de poucos. Não quer viver mais de ilusão e nem de idealismo. Para ele os mais vivos sempre vão governar os menos vivos. O que interessa para ele é que a natureza é sua mãe. Encontrou a verdadeira essência da liberdade. O homem solitário sorri todos os dias vendo o sol nascer e agradece quando ele se põe no horizonte. Tudo passa nessa vida, menos os rios e as montanhas.
