No dia 7 de abril fui assistir a um show com um importante artista. Inicialmente fiquei preocupado com o valor do ingresso, pois para mim, estava meio salgado. Entretanto, depois de assistir ao evento, concluí que o preço foi irrisório. O que era para ser um entretenimento no show, se tornou uma verdadeira aula de coaching.
Primeiro, que o show iniciou rigorosamente no horário anunciado, coisa rara neste tipo de evento. Segundo, que a apresentação foi impecável do começo ao final. Com performance, som, espetáculo de luzes e repertório agradando totalmente a audiência.
Segundo, conforme dito pelo fornecedor, seus colaboradores eram o que tinha melhor no mercado, tanto que ele argumentou que se tinha a melhor equipe, fazendo questão de apresentá-los individualmente. Com isso, argumentava que para ter uma equipe de tal nível, o chefe tinha de ser melhor e argumentou: “Esse cara sou eu...”.
Com um produto impecável, agradando seus clientes por mais de 60 anos, ainda encantava sua quarta geração de clientes com seus serviços. O resultado foi uma unanimidade com os clientes em uníssono cantando, aplaudindo e pedindo mais do seu fornecedor. Tendo em troca o carinho e dedicação do seu fornecedor, que reconhecia com o “meu amor por você”.
Ao final da consultoria ainda distribuiu flores aos clientes, os quais exibiam como verdadeiros troféus conquistados por apoiar e continuar a consumir os produtos dele. Em dado momento, presenciei uma cliente de quarta geração extasiada por ter recebido apenas uma pétala de flor, compartilhada por uma outra felizarda cliente que ganhou a flor. Que fornecedor teria a capacidade de encantar o cliente, a ponto deste compartilhar um pedacinho de seu troféu de satisfação com outro cliente?
De quebra, onde você levaria sua esposa para curtir uma noite romântica e curtir a paixão de serviço oferecido, ao mesmo tempo em que celebraria um momento de júbilo e de aprendizagem pelo exemplo? Não é por acaso que ele está todos os anos presente nos finais de ano, celebrando.
Ao final da apresentação, ainda assegurava que seu serviço garantia “tantas emoções” e que garantia que o melhor fornecedor, o rei do fornecimento: “Este cara sou eu!”.
Quando tiver um cliente que reclame de seu produto ou que exija mais pelo custo x benefício, pense se você está fornecendo o que ele quer de fato, ou está apenas cumprindo tabela. Em ambos casos, você é capaz de dizer “este fornecedor sou eu”?