Somos um grande adepto e praticante de exercícios físicos já há algum tempo. Quando esses movimentos físicos nos fortalecem fisiologicamente, criando estímulos para renovar nossos músculos, ossos, melhorando nossa respiração, dentre tantos outros benefícios, sentimos que a nossa mente também ganha e muito com tudo isso. Isto é, a prática de exercícios físicos tranquilamente beneficia corpo e mente, e a ciência tem provado isso a cada dia. Lembramos que, todo esse benefício que o exercício físico possa nos trazer se dará se você tiver todo um apoio e acompanhamento de um profissional da área.
Partindo desse pressuposto, podemos falar de pessoas que naturalmente não tenham essa capacidade de percepção do valor agregado, e que os exercícios físicos possam lhes favorecer e beneficiar muito. Assim, buscamos uma outra esfera, aliás de pessoas que precisam de orientação nesse caminho do movimento físico, e que são aquelas com autismo, que são denominadas do TEA (Transtorno do Espectro Autista, definido como um distúrbio do desenvolvimento neurológico), que deve estar presente desde a infância, apresentando comprometimentos de ordem sociocomunicativa e comportamental (APA, 2013). Em indivíduos acometidos por esse transtorno, observa-se uma dificuldade qualitativa no relacionamento e comunicação de maneira regular com outras pessoas desde o início da infância (APA, 2013).
Uma característica que ainda não se define como critério diagnóstico, mas muitos autores da área levantam a possibilidade, é a área motor, que inclusive é bem pouco difundida. Os estudos brasileiros mostram que cerca de 83% das crianças e adolescente com autismo possuem atrasos no desenvolvimento motor (Quedas, 2020), o que envolve as habilidades motoras básicas, como jogar uma bola, se equilibrar em um pé só, escrever, entre outras. Essas habilidades são fundamentais para as atividades de vida diária e na aquisição de novas habilidades futuras que podem comprometer o dia a dia dessa população.
Hoje, grande parte das escolas naturalmente adere essa inclusão de alunos autistas, mas que não estão preparadas às suas necessidades de mobilidade. Será um grande avanço se muitos entenderem e permitirem esse novo caminho de uma nova geração que está chegando.
Presidente Prudente vem crescendo nessa área e, em breve, terá uma nova modalidade num espaço agregado, é quando podemos trazer o esporte para dentro da rotina terapêutica de forma lúdica. É um novo método exclusivo proposto e que mistura equipamentos de ginástica artística, brincadeiras e exercícios. Assim, e de maneira muito peculiar, e quando se tem um resultado de um diagnóstico já definido por uma equipe multidisciplinar, logo vem o caminho a ser levado para essa clientela, tendo o exercício físico com muita dedicação, amor, carinho e muita paciência, a sua execução, seja quaisquer que seja a sua escolha.
