Que o tempo é implacável, disso já temos o senso incutido em nossa memória já algum tempo. Estamos diante do cenário que dá a entender que as soluções se distanciam a cada dia, nossa visão pode até se estender, mas esse alcance parece irreal aos nossos olhos. Acredito que precisamos seguir uma linha que nos conduza a entender melhor quais os caminhos possamos desvendar, para que o percurso seja mais autêntico, menos sofredor e mais preciso, naquilo que consideramos ser uma das melhores alternativas, independente de qual seja a área de atuação. Isso prevalece a todos os setores que possamos considerar para criar e buscar soluções, desde que saibamos atender o maior número de pessoas possível.
E nesse exato momento sentimos que o nosso esporte está um pouco distante da tão sonhada realidade que tanto desejamos, mesmo estando tão próximo dos Jogos Olímpicos. Pois mais próximos de nós estão os Jogos Regionais, que praticamente se subdividem em quatro regiões devido o tamanho do nosso Estado de São Paulo.
Algumas regiões pouco férteis devido os seus resultados, outras nem tanto a uma estagnação daquilo que dá a sensação que não rende, onde presenciamos e vivenciamos campos, ginásios, pistas, piscinas e outros ambientes praticamente sem um público presente nas arquibancadas. Além disso, poucos jogos, devido o número de desistentes e que quando acontece, ficamos mais surpresos ainda, onde técnicos, preparadores físicos, dirigentes, gestores totalmente despreparados devido suas atitudes grotescas, infundadas a todo momento durante qualquer que seja uma partida. Isso sem contar que o nível técnico muito distante do esperado em ser plausível de assistir. Praticamente grande parte das modalidades carente de bons jogos. Penso que, e por enquanto, o futebol tem suas prerrogativas e peculiaridades (que futuramente podemos citar e desbravar), um caso totalmente atípico, mesmo sendo o mais popular do nosso Brasil.
Precisamos ser mais autênticos nas ideias de buscar e querer que o nosso esporte tenha sua marca registrada na calçada da fama. O Brasil, aliás, o nosso esporte, e isso realmente faz muito tempo mesmo, vem sobrevivendo de que dias melhores virão, e como isso realmente nos persiste acreditar em que dias serão esses. Não queremos aqui polemizar e muito menos apontar de quem seja a sua vertente de culpabilidade, nada disso, mas sim, redesenhar novamente que o princípio por onde o esporte nasceu, seja corajosamente refeito seus conceitos.
Quem sabe seguir uma outra linda de conduta, mas que isso seja pra ontem. Precisamos ser incisivos, cirúrgicos em nossas propostas, e se fazer valer das ações que fortaleçam e credenciem qualquer que seja a iniciativa, para darmos sentido à continuidade nas formações iniciais. Projetos que simplificam e consigam angariar nossas crianças e adolescentes como a essência de sua criatividade, e que verdadeiramente precisam ser resgatados. Podemos até sonhar, mas se não soubermos ousar, tudo continuará como está, e aí, quem sabe, outros setores menos favorecidos irão fazer o resgate de toda essa juventude.