O ESG, as empresas, e o desenvolvimento sustentável de Prudente

OPINIÃO - Fernando Batistuzo

Data 04/04/2023
Horário 04:30

Não conheço um prudentino que não goste de Prudente, e nem visitantes que não teriam gostado. Quando conversamos sobre a nossa cidade da qual nos orgulhamos, geralmente a “queixa” de alguém é: “Prudente é longe de tudo, é longe da praia!”. Se o bate-papo fica um pouco sério surge esta: “... mas podia crescer mais, pois tem potencial!”. São dois “problemas” sobre os quais ouvimos há muito tempo e ambos são de dificil superação.
Sim! “Difícil”, não impossível! Nem mesmo o primeiro problema - a distância - é insuperável (“Se Maomé não vai à montanha...”). Prudente nunca se aproximará geograficamente dos “grandes centros” desenvolvidos (e da praia), porém – “a montanha vem a ...” – pode atrair (esse é o ponto!) destes o investimento.
Nunca foi fácil atrair recursos para nossa região, mas há muitas pessoas e entidades em nossa cidade que, abnegados, vêm se esforçando há muito tempo para concretizar esta “hercúlea” tarefa. Ocorre que essa dificuldade de atração de investimentos e desenvolvimentos pode aumentar. 
Isto porque nos “grandes centros” a atuação corporativa com base no “ESG” - “Governança Corporativa” (G) - tem sido exercida por muitas empresas com grande capacidade de investimento, que só (!!) tem realizado (e realizarão) negócios com empresas que demonstrem possuir um efetivo sistema de governança e atenção ao meio-ambiente (E) e às questões sociais (S) para propiciarem um desenvolvimento sustentável, vejam só, da cidade (sociedade).
Isso explica o crescimento do procedimento de due diligence (“diligência prévia”; “conheça seu possível parceiro de negócios”), adotado por empresas que desejam investir, firmar negócios com outras, especialmente de regiões distantes nas quais seus representantes não poderão estar presentes a todo momento.
Que empresa investirá seus recursos em outra(s), em um negócio, correndo o risco de ser responsabilizada por dívidas trabalhistas, tributárias, contratuais, previdenciárias e até mesmo criminais, ou ainda, de ter sua imagem associada a outras que tenham suas reputações abaladas? Nos dias atuais existem cada vez menos empresas e empresários dispostos a se submeterem a tais riscos.  
Se Prudente quiser crescer ainda mais, realizando todo seu potencial, e se as empresas são atualmente consideradas “atores sociais” que contribuem (e muito!) para o desenvolvimento das cidades, tem-se que, diante da exigência que vem de fora por possíveis investidores e parceiros de negócios, a adoção de uma gestão com Governança pelas empresas prudentinas se torna indispensável para atraírem investimentos e propiciar o crescimento e desenvolvimento sustentável da nossa Prudente. 
 

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