Há tempos, o homem primitivo percebeu a necessidade do uso de ferramentas e unir-se a grupos cada vez maiores para sua proteção e desenvolvimento. No período Neolítico, formaram-se em sociedades comunitárias, baseadas na cooperação entre todos os membros do grupo, ou seja, o homem viu que possuía um território, que precisava da união para produzir e proteger-se dos riscos oferecidos aos humanos.
Assim, segue nos dias de hoje: não há desenvolvimento sem cooperativismo, ainda mais no presente momento, em que a pandemia afetou a todos; na economia, principalmente, diretamente ao pequeno empresário que encontra seu sustento na economia familiar. O foco é a sobrevivência e temos que pensar adiante.
Seja individualmente, com pequenos grupos ou grandes potências, todos nós podemos reverter essa situação e construir um ambiente favorável, com diálogo forte, planejamento, capacitação profissional e abdicação de vaidades políticas. Cooperar muitas vezes significa justamente uma dose de sacrifício em prol do grupo, prestigiando assim a “lei do retorno” para a coletividade. Se for comprar algo, por que não dar uma chance ao comércio local? Por que não prestigiar o pequeno e necessitado comerciante próximo?
Nossa economia está frágil e precisamos recuperar a confiança em investimentos; ainda, superar outras questões anteriores à crise sanitária, a exemplo da regularização fundiária, problema que o governo do Estado de São Paulo promete findar com o projeto Pontal 2030, bem como, assegurar redução de desigualdades regionais, dentre outros programas, incluindo apoio ao microempreendedor com crédito barato e acessível a todos.
Empreendedores também podem encontrar respaldo em conteúdos práticos como os que são promovidos pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com o objetivo de potencializar os negócios principalmente na inclusão digital. Também a InvestSP (Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade) que oferta linha de crédito e apoia empreendedores com informações estratégicas, assessoria tributária, ambiental e de infraestrutura para os projetos de investimentos, e deve ser explorada, inclusive, pelas prefeituras na cooperação deste ambiente.
É preciso valorizar e lapidar o que já temos, pois o empreendedorismo é o motor da economia. Partindo de uma lente pragmatista, nossa atual realidade só vai mudar se houver a junção de forças. Afinal, sociedade civil é o lugar das lutas sociais e onde também se definem propostas coletivas a serem levadas a efeito pelo empreendedor e exigidas do poder público.