A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) registrou um aumento de 13,64% no número de classificados para a segunda fase da Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) na comparação entre 2022 e 2019. Em 2019, foram 1.202 selecionados; em 2021, 1.276 e, neste ano, 1.366. Em 2020 a avaliação não foi aplicada por conta da pandemia da Covid-19. Nos presídios da Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste), os números saltaram de 317 para 379 selecionados para a 2ª fase no período, totalizando um crescimento de 19,55%.
A segunda fase da olimpíada neste ano está marcada para sábado, 8 de outubro, e o anúncio dos premiados será em 20 de dezembro de 2022. Serão distribuídas 575 medalhas de ouro, 1.775 medalhas de prata e outras 5.175 de bronze, além de 51.900 menções honrosas.
Para o secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Cesar Restivo, a competição auxilia no processo educacional do sentenciado e acaba incentivando outros presos da mesma unidade a estudarem matemática “É uma prova reconhecida em todo país. A participação dos custodiados incentiva o estudo e, ao mesmo, tempo, trabalha na reintegração social da pessoa presa”, avalia Nivaldo.
Realizada pelo Impa (Instituto Nacional de Matéria Pura e Aplicada), a Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser inserida nas unidades penais do Estado de São Paulo. Nas unidades prisionais, a aplicação da prova é organizada pelos Grates (Grupos Regionais de Trabalho e Educação) das coordenadorias.
SAIBA MAIS
Criada em 2005 para estimular o estudo da matemática e identificar talentos na área, a OBMEP tem como objetivos principais:
- Estimular e promover o estudo da Matemática;
- Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade;
- Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas;
- Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo para a sua valorização profissional;
- Contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas;
- Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.