Quando a reportagem esteve no Jardim Santa Mônica, localizado na zona leste de Presidente Prudente, pela primeira vez, a principal reclamação dos moradores era acerca da falta de segurança. Sendo assim, solicitavam a intensificação das rondas policiais, a fim de reduzir cenários de marginalidade e uso de entorpecentes. Dois anos e meio após a primeira visita, este diário volta a colocar o bairro em pauta e, diferente de antes, a segurança não é mais apontada como um problema pela vizinhança ouvida.
Anizia quer mais linhas: "Bairro é distante do centro"
O comerciante Ivonildo Bezerra dos Santos, 42 anos, afirma que não tem o que reclamar do bairro onde vive e que se sente seguro morando nele. "Não ouço o pessoal comentando sobre ocorrências policiais por aqui", expõe. A doméstica Luzia Leopoldina Conceição Sousa, 71 anos, também não considera a questão um problema, embora reconheça que já houve tempos em que a situação da segurança pública causava apreensão. "No começo, a coisa era feia por aqui, mas agora melhorou muito. Ninguém nunca mexe comigo", argumenta. A comerciante Solange Souza Cruz, 47 anos, é outra moradora que destaca a tranquilidade do Santa Mônica e denota que o bairro é assistido por ronda policial, apesar da pensionista Anizia dos Santos Souza, 72 anos, articular que o policiamento poderia ser intensificado.
Quanto aos demais serviços públicos, o bairro não conta com uma UBS (Unidade Básica de Saúde) ou ESF (Estratégia Saúde da Família), no entanto, de acordo com os munícipes, a população tem acesso aos postos localizados no Parque Alvorada, durante o dia, e Jardim Santana, no período da noite, quando a unidade opera em regime de pronto-atendimento. Em relação ao lazer, os moradores enfatizam que a área inclui parquinhos para as crianças, quadra recentemente reformada e academia ao ar livre para a terceira idade. A limpeza pública também é um serviço elogiado. "É um bairro muito limpo", salienta o funileiro Luiz Aparecido Rodrigues Amorim, 62 anos.
O transporte público, por sua vez, tem causado insatisfação a muitos habitantes. Uma das pioneiras do local, a doméstica Maria Francisca de Souza Silva, 61 anos, afirma achar o Santa Mônica "maravilhoso", mas pede melhorias no serviço de ônibus. "Antes era de meia em meia hora, agora é de 45 em 45 minutos. Além disso, só existe uma linha, se o usuário perdê-la, não tem mais nenhuma opção", indica. A pensionista Anizia dos Santos Souza também solicita mais linhas. "Moramos em um bairro distante do centro da cidade, portanto, mais linhas garantiriam mais acesso", pontua.
Procurado, o gerente de operações das companhias de transporte público de Presidente Prudente – TCPP e Pruden Express –, José Ricardo Góis, informou que, além da Santa Mônica x Cecap, o bairro tem acesso ainda às linhas que transitam nas imediações, podendo também ser utilizadas pelos moradores, como: Cambuci x Ana Jacinta; Cambuci x Jequitibás; Cambuci x Santa Paula; e Maré Mansa x Jardim Itatiaia. "Há ainda um plano de reestruturação do transporte coletivo em andamento na Semav , que contempla todos os usuários, inclusive os da zona leste, especialmente o Jardim Santa Mônica", enfatiza.
Quanto ao plano de reestruturação do transporte coletivo, a Semav, por meio de nota da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), informa que ele contemplará o Jardim Santa Mônica e também outros bairros de Prudente e "faz parte de um edital de licitação de novas linhas que foi lançado na administração anterior". "O edital de licitação está atualmente em fase de adequação, e assim que a licitação for concluída, as melhorias para o usuário do transporte coletivo serão implantadas".
ESTRUTURA DO BAIRRO
Ano de Implantação: 1983
Quadras: 24
Área de loteamento: 242 mil m²
Área verde: 24.200,01 m²
Construções: 474
Terrenos baldios: 125
População estimada: 2 mil pessoas
Fonte: Seplan
SERVIÇO
A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do
[email protected], do telefone 2104-3722 ou do Whatsapp 99104-8537.