De agosto de 2013 a julho de 2016, as quatro unidades do Necrim (Núcleo Especial Criminal) da região de Presidente Prudente obtiveram um índice de conciliação de 89,9%. Das 5.069 audiências realizadas, 4.558 terminaram em acordo. No polo de Prudente, nos sete primeiros meses do ano, foram promovidas 298 conciliações de um total de 336 audiências, resultando em um índice de 88,6%, enquanto desde agosto de 2013, foram notificadas 1.667 conciliações advindas de 1.889 audiências, o que representa um índice de 88,2%. Os dados foram divulgados pelo delegado de polícia do Necrim, Wagner Negré, durante evento em comemoração aos três anos do núcleo criminal do principal município do oeste paulista, realizado na manhã de ontem, no Centro Cultural Matarazzo.
Evento realizada na manhã de ontem trouxe balanço dos 3 anos de atuação do Necrim
De acordo com o diretor do Deinter-8 de Presidente Prudente, Walmir Geralde, o departamento está com a proposta de implantar mais oito unidades nos municípios de Prudente, Adamantina, Dracena e Presidente Venceslau. Desta forma, cada seccional abrigará três polos do núcleo, totalizando 12 na região. "O objetivo é triplicar o atendimento e atrair a população ao projeto de conciliação, que tanto contribui para o trabalho judiciário", afirma.
Negré destaca que os três anos da unidade prudentina demonstram a efetividade do trabalho executado pelo Necrim. Segundo ele, o núcleo cuida de crimes com pena menor e visa garantir celeridade aos processos, sem sobrecarregar o Judiciário. "Quando o requerente se envolve em um acidente de trânsito, por exemplo, ele pode procurar o Necrim juntamente com a outra parte e discutir o acordo. O que antes demorava muito pelo Judiciário, agora pode ser resolvido num período de até 30 dias. Além de acelerar os processos e evitar a sobrecarga da pauta do Judiciário, ambas as partes saem felizes", explica.
A juíza da Vara do Trabalho de Adamantina, Eucymara Maciel Oliveto Ruiz, foi convidada para fazer o seu relato pessoal durante o evento. Ela é um exemplo de quem já recorreu ao Necrim para tentar a conciliação e obteve o resultado positivo. "Eu estava saindo do meu condomínio, quando atropelei duas pessoas que também estavam atrasadas. Então, fui convidada para tentar um acordo no Necrim e as duas mulheres aceitaram a proposta", conta. "A conciliação acabou dando certo. Se elas tivessem procedido com alguma ação, seria muito pior para mim, mas, felizmente, houve o entendimento entre as duas partes. Achei muito tranquilizador, pois todos nós estamos sujeitos a esses dissabores", acrescenta.
