Natal sem dívidas: como comprar presentes sem sair do orçamento

Pesquisar preços e estabelecer valores são algumas das dicas do economista Túlio Berghella

PRUDENTE - Cassia Motta

Data 21/12/2024
Horário 06:10
Foto: Maurício Delfim Fotografia
Antes de realizar qualquer compra, ideal é pesquisar e comparar preços em diferentes lojas e sites
Antes de realizar qualquer compra, ideal é pesquisar e comparar preços em diferentes lojas e sites

A temporada de compras de Natal chegou! Mas, junto com as celebrações também surgem os gastos, que podem rapidamente se transformar em uma dor de cabeça financeira, principalmente se o controle destas despesas não for planejado.

Entre presentes, ceias e decorações, é fácil se deixar levar pelo espírito do Natal e começar o ano com dívidas inesperadas. Mas, segundo o economista Túlio de Moraes Berghella, é totalmente possível aproveitar essa temporada de festas de maneira equilibrada e sem comprometer o orçamento. Confira as dicas.

Pesquisa de preço

Antes de realizar qualquer compra, o ideal é pesquisar e comparar preços em diferentes lojas e sites. Segundo o economista, a pesquisa de preço sempre foi o principal quesito para uma boa compra. “Até antes da pandemia, ainda se utilizava uma pesquisa prévia pela internet e a pesquisa final para realizar a compra era em lojas físicas. Com a pandemia nós tivemos o crescimento exponencial do e-commerce. A gente tem vários sites de compras que já dão a pesquisa e direcionam especificamente para a compra daquele mesmo produto com preço e condições melhores”.

Mas, Túlio ressalta que, atualmente, as lojas físicas, sabendo que a internet tem essa grande força de venda, estão se adequando. “Os comerciantes estão adequando os preços e colocando, às vezes, até o mesmo valor ou desconto e condições até melhores que os sites. Então, vale a pena o consumidor, antes de fechar uma compra pela internet, ir a uma loja física sim”.

Evite parcelamentos

Uma das principais armadilha do consumo durante o Natal é o parcelamento de compras. Embora as parcelas possam parecer baixas, acumular várias compras parceladas pode resultar em dívidas para o próximo ano.

O economista reforça que, sempre que possível, o ideal é optar pelo pagamento à vista. “Sem sombra de dúvidas, a melhor forma de pagamento é à vista. Porque à vista a negociação é diferente, principalmente em loja física. Também em sites, porém, os sites às vezes não têm o mesmo desconto que a pessoa pode negociar na loja física, porque o comerciante prefere muitas vezes vender à vista, porque ele também consegue comprar à vista, então, a margem que ele dá de desconto, ele consegue na hora que ele vai repor essa mercadoria”.

Túlio alerta que se a pessoa não se preparou para comprar à vista e se for inevitável parcelar, é melhor se certificar de que a parcela cabe no seu orçamento mensal, considerando outras despesas fixas. “O melhor é parcelar sem juros. Hoje existem várias formas de parcelamento sem juros, e aí a internet acaba sendo um pouco mais favorável, porque os sites conseguem oferecer parcelas em mais vezes e sem juros”.

Porém, se a pessoa não consegue fazer um parcelamento sem juros, ela pode parcelar com juros, desde que seja adequado. “Se o consumidor perceber que o juro está abusivo, fora da taxa Selic [geralmente a taxa Selic é o nosso referencial], é melhor segurar e se preparar para uma futura compra. Porque se a pessoa não paga a parcela, além de vir os juros da parcela, vem também o juro de multa, juro do cheque especial ou cartão de crédito, e aí vira uma bola de neve”.

Estabelecer valores

Segundo Túlio, o Natal é uma data que dificilmente deixamos de presentear. Por isso, a dica do economista é a família conversar, explicar o atual momento econômico, de forma tranquila e verdadeira. “O objetivo do Natal é a confraternização, então, o melhor é estabelecer um valor de presente para todos, ou fazer um amigo-secreto, também estabelecendo um valor único, para não passar em branco. Porque o importante é estar juntos, família unida, desejando um próximo ano abençoado para que todos continuem na luta”.

Foto: Cedida

Economista Túlio de Moraes Berghella

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