Narandiba deve indenizar homem que ficou paraplégico após ser atingido por queda de árvore

Justiça fixou reparação de R$ 159 mil e pensão mensal vitalícia; acidente ocorreu enquanto servidores da Prefeitura realizavam limpeza na propriedade da vítima

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 09/10/2024
Horário 17:19
Foto: Reprodução/Google Maps
Prefeitura deverá indenizar vítima em R$ 159 mil
Prefeitura deverá indenizar vítima em R$ 159 mil

A 10ª Câmara de Direito Público do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) manteve decisão da 2ª Vara Judicial de Pirapozinho, proferida pela juíza Valéria Longobardi, que condenou o município de Narandiba a indenizar homem que ficou paraplégico após ser atingido por coqueiro durante limpeza de área rural de sua propriedade, realizada pela Prefeitura. As determinações incluem indenização por danos morais, fixada em R$ 150 mil; reparação por danos materiais, estipulada em mais de R$ 9 mil, em razão dos gastos com cuidados médicos; e pensão mensal vitalícia de um salário mínimo.

De acordo com os autos, o requerente solicitou o serviço junto ao ente público municipal e, durante a execução da limpeza por servidores da Prefeitura, foi atingido por um coqueiro que caiu em sua direção. Em razão do acidente, o autor sofreu lesões gravíssimas na coluna cervical, ficando paraplégico e incapacitado de realizar atividades diárias e laborais.

O relator do recurso, desembargador Martin Vargas, afastou a alegação de culpa exclusiva da vítima, que estava próxima ao coqueiro no momento da limpeza, reiterando a responsabilidade do ente público em razão da conduta omissiva de seus servidores. “Além da ação administrativa que, indevidamente, provocou a queda da árvore no terreno do autor, é também possível verificar omissão - e não culpa exclusiva da vítima - ao não adotar normas mínimas de segurança para isolar a área em que estava sendo realizado o serviço, bloqueando a passagem de transeuntes durante a execução da obra”, registrou o magistrado.

Completaram o julgamento os desembargadores Paulo Galizia e Antonio Carlos Villen. A decisão foi unânime.

A reportagem procurou a Prefeitura de Narandiba para posicionamento, mas não obteve resposta até o momento.

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