No artigo passado (Orgulho dessa gente prudentina), dissertei uma Prudente ainda menina, que dava seus primeiros passos, e o atual cenário. Hoje, vamos refletir sobre o futuro de nossa cidade. Afinal onde estamos? Quais são nossas potencialidades? Sabemos para onde queremos ir?
Publicado em outubro de 2020, o Mapeamento Técnico da parceria entre Sebrae-SP e FGV contemplou pesquisas e análises sobre o desenvolvimento socioeconômico do oeste paulista com o Estado de São Paulo. Assim, o PIB per capita dos 53 municípios regionais (10ª Região Administrativa) corresponde a 58,4% do PIB per capita médio estadual, indicando que o desenvolvimento econômico da região é significativamente inferior à média do Estado.
No perfil setorial, a região é a décima com maior representatividade da agropecuária (9,3%), mostrando sua alta vocação, e superior à média estadual (2%). Na indústria (20,4%), demonstra uma disparidade com a primeira colocada no ranking, São José dos Campos (42,2%). Por fim, comércio e serviços (54,7%, sendo 67% a média do Estado) situa-se em um nível intermediário, o que indica que existe potencial de consumo na região.
O mesmo estudo aponta que “a formalização de empreendedores informais, uma necessidade latente na região, pode também se revelar um importante eixo de integração socioeconômica na região; isso significa maior acesso ao crédito para empreendedores, maior profissionalização e gestão fiscal, implicando em maior renda para famílias da região”.
E o reflexo disso? Segundo dados do Caged, no período de janeiro a julho de 2021, Prudente contou com saldo positivo de 222 empregos (1.875 admissões e 1.653 desligamentos), um aumento de 0,36%; enquanto o Estado, no mesmo período, teve taxa de aumento de empregabilidade de 0,81%; e o país com aumento médio de 0,77%. Sinais tímidos, mas perceptíveis de retomada econômica. Eventos como o “Retoma SP”, que inclui mutirão de emprego, são bem-vindos à região.
Por fim, no ranking Connected Smart Cities, Prudente situa na 83ª posição, comparada às 677 cidades do país com mais de 50 mil habitantes. Já na esfera estadual, aparece na 33ª. Os indicadores foram: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança, que somaram nota 30,586. Tal análise permite comparações entre gestões e fornece referências importantes para a melhoria de políticas públicas.
Prudente e região têm potencial, e são quesitos que devem ser valorados. Precisamos de políticas perenes de fomento ao desenvolvimento. Para o filósofo grego Epicteto (55-135 d.C): “é impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”. Afinal, para onde queremos ir? Quais são as prioridades? Como faremos isso? Não há respostas sem perguntas!
