E foi durante a pandemia, nas aulas online, que Ana Cláudia Padovani Callegari Fujikava, 45 anos, pôde observar melhor a capacidade intelectual do seu filho superdotado, Gabriel Padovani Fujikava, 10 anos. De acordo com ela, Gabriel, além de fazer mais perguntas durante as aulas, executava outras tarefas ao mesmo tempo, como montar lego, por exemplo. “A impressão que dava era de que ele não estava prestando atenção, mas ao mesmo tempo sabia responder tudo”, expõe a mãe de Gabriel.
Segundo Ana, com a volta às aulas presenciais, as crises de ansiedade que Gabriel teve antes do isolamento por conta da Covid-19, voltaram. E ela então pediu ajuda a uma amiga, que é psicopedagoga, para entender o que poderia estar acontecendo. E essa amiga então sugeriu que fizessem uma avaliação com ele, que durou dois meses, para ver o que ela conseguiria enxergar. E a sua conclusão foi de que o cognitivo de Gabriel era bem mais alto para a idade dele. Mas, como ela não poderia laudar, indicou à Ana que seria interessante passá-lo por uma neuropsicóloga para fazer um teste de QI (quociente de inteligência).
“E nesse caminho comecei a ler sobre o comportamento diferente que o Gabriel tem. Ele é muito sociável, carismático. Como um lorde, se levanta da cadeira para outro sentar. Comportamento que não é típico para a idade dele. Seu linguajar é diferente, ele fala muito bem”, salienta a mãe.
Após o laudo de QI, Ana Claudia buscou orientação por meio de uma consulta online com uma profissional experiente de Brasília em superdotação, sobre quais providências tomar a partir dali. E ela disse que deveria ser aceleração.
“Eu o levei a uma neuro e como ele estava muito ansioso começou a tomar ansiolítico. Ao longo desse caminho muitos podem achar que são só flores, mas encontramos muitas dificuldades. Lembrando que não se trata de uma doença [risos]. Mas, graças a Deus, tem quem consiga enxergar o potencial dele e tirar ‘bom proveito’ disso”, menciona a mãe.
Entre estas pessoas está Wesley, professor de artes marciais de Krav Magá, e o padre do Santuário Nossa Senhora do Carmo, a igreja Maristela, Rodrigo Gomes de Moreno, que viu esse diferencial e ajuda Gabriel. “O padre tira um tempo e responde as suas muitas perguntas, sabe? Gabriel o ajuda na missa, no teatro que ele ama. O professor Wesley também viu diferencial nele, que assimilava tudo muito rápido, e nos perguntou se poderia fazer uma experiência com o Gabriel na turma dos adultos. Ele está amando essa troca [risos]. Estamos felizes, porque ele está se encontrando”, frisa a mãe.
O potencial de Gabriel também não foi desperdiçado pela Happy, escola de tecnologia e inovação; comunicação e oratória e educação financeira, que concedeu a ele uma bolsa de estudos em programação. A KNN Idiomas também está proporcionando uma bolsa para o garoto. “Nas férias, ele fez um curso para adolescentes na Fundação Inova Prudente e amou! É assim, as coisas voltadas para a idade dele não lhe interessam, mas quando são além da sua idade, como oratória, por exemplo, ele se interessa. É bem diferente [risos]”, cita a mãe.
SERVIÇO
Ficou curioso em conhecer um pouquinho das habilidades de Gabriel? Dá um pulinho na página do Instagram do japonesinho ruivo Gabriel Fujikava no @gabriel_fujikava.
Foto: Cedida
Professor de defesa pessoal, Wesley, e padre Rodrigo enxergaram as habilidades de Gabriel
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