O saldo de novos empregos em Presidente Prudente, no mês de novembro, sofreu um recuo de 54% na comparação com outubro, ao passar de 227 para 104 postos, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho. No penúltimo mês de 2024, foram 2.666 admissões diante de 2.562 desligamentos. O comércio foi a categoria que registrou melhor resultado no período, com 201 novos trabalhadores, consequência de 964 contratações e 763 demissões.
Em contrapartida, no setor da indústria, o saldo foi negativo, de menos 112 postos, resultado de 294 admissões e 406 desligamentos. O mesmo ocorreu em novembro com serviços, categoria que fechou com menos 29 empregados, em função de 1.136 contratados e 1.165 desligados.
Na construção, foram 42 novos postos diante de 231 admitidos e 189 demitidos. Por fim, a agropecuária se manteve estável, com dois novos postos, saldo de 41 contratações e 39 desligamentos.
O economista Adriano Machado Santos aponta que a queda no saldo de contratações, no penúltimo mês do ano, na capital do oeste paulista, reflete um cenário diverso do que é visto no território brasileiro. “Analisando aqui o material, Prudente está na contramão do país como um todo porque, em novembro, houve um aumento das contratações. O saldo entre contratação e demissão foi maior no Brasil, então Prudente está na contramão”, frisa.
No que diz respeito ao saldo positivo apresentado pelo comércio, no período analisado, Adriano explica que o resultado vai de encontro ao momento vivenciado. “No final do ano, o comércio avançou, seguindo a tendência nacional e impulsionado, principalmente, pelo final do ano, pelas contratações temporárias. É natural nesta época o reforço de equipe para o final do ano”, comenta.
Ainda segundo o economista, em relação aos setores da construção civil e indústria, houve redução nas admissões, mas isso refletiu que a cidade está acompanhando um cenário visto no país. “Nacionalmente, aconteceu a mesma coisa. O que a gente pode estimar como causa disso é, principalmente, a questão das férias coletivas ou empresas que possuíam um espaço para operacionalizar as produções até o final do ano e, agora, já não precisam mais e dispensam esses trabalhadores. Mas também é um movimento conjuntural, da economia como um todo, e a gente só está acompanhando”, explica Adriano.
Em outubro, como noticiado neste diário, Prudente contabilizou saldo de 227 empregos, resultado de 3.003 admissões e 2.776 desligamentos. No período, o setor de serviços foi responsável por 45,37% do saldo revelado pelo Caged. A segunda categoria com melhor resultado, no décimo mês do ano, foi o comércio, que registrou saldo de 67 postos, entre 983 contratações e 916 desligamentos. Na sequência, estava a indústria, com 49 postos, resultado de 491 admissões e 442 demissões.