Dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) , a agência de estatísticas do Estado de São Paulo, apontam elevação em 15 das 20 regiões, no que diz respeito aos resultados do PIB (Produto Interno Bruto) no território paulista, em 2024. A RA (Região Administrativa) de Presidente Prudente, a 10ª RA do Estado de São Paulo, no entanto, está na contramão da maioria. Enquanto a taxa de crescimento do índice de volume do indicador, no acumulado ao longo do ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, no Estado, ficou marcada em 3,4%, o oeste paulista ficou com índice negativo de 0,3%.
Entre as regionais analisadas pela fundação, a RA de Ribeirão Preto alcançou o melhor resultado, de 5,1%; seguida do município de São Paulo, com 5%; e Região do ABCD, com 4,9%. Já entre os que ficaram no vermelho, além da RA de Prudente, estão: a RA de São José dos Campos (-0,5), de Registro (-3,3%), de Marília (-0,7%) e a RA de Itapeva (-0,4%).
O levantamento ainda indica que a participação da RA de Presidente Prudente no PIB estadual, em 2024, foi de 1,1%. Quanto ao indicador, em valores correntes, que expressam as variações tanto das quantidades produzidas quanto dos preços, o oeste paulista contabilizou um total de R$ 36,854 milhões, em 2023, que passou a R$ 38,134 milhões, em 2024.
A economista Edilene Mayumi Murashita Takenaka afirma que, antes de falar sobre o PIB, temos que entender o seu conceito, já que se trata de um dos principais indicadores, pois mede a produção de bens e serviços de uma região e, comumente, é utilizado como um termômetro da economia para auxiliar nas tomadas de decisões para governos e agentes econômicos.
“Um PIB em expansão mostra que o ritmo da produção está aquecido. Dessa forma, como ocorreu na RA de Presidente Prudente, quando o PIB apresenta retração, há uma preocupação com o cenário econômico pois, geralmente está ligado à redução nas atividades dos setores produtivos como indústria, comércio, serviços, construção civil e agropecuária e que, acaba por refletir na geração de empregos”, analisa a especialista.
Ela indica que, em um cenário futuro, analistas de mercado acreditam que haverá mais uma desaceleração no ritmo de crescimento do mercado por conta de possível alta dos juros na tentativa de conter a inflação, o que deve encarecer o crédito e o custo do financiamento.
Reprodução/Seade
Levantamento indica que participação da RA de Prudente no PIB estadual, em 2024, foi de 1,1%
Arquivo
Edilene: “Tentativa de conter a inflação deve encarecer crédito e custo do financiamento”
