Nesta sexta-feira, às 20h, no Teatro Paulo Roberto Lisboa do Centro Cultural Matarazzo, de Presidente Prudente, os músicos Anderson Chizzolini, Luan José Franco e Luís Carlos Bianco apresentam o Concerto Madrigal de Joaquin Rodrigo Vidre. Este foi originalmente escrito para dois violões e orquestra, contudo, nesta apresentação, uma versão para dois violões e piano. A entrada é franca.
O espetáculo contará com uma primeira parte de arranjos feitos por Franco para dois violões e piano, de músicas de compositores brasileiros, como Toninho Horta, Milton Nascimento e Fernando Brant e ainda uma composição de Chizzolini para dois violões.
A ideia de um concerto para dois violões foi sugerida a Joaquin Rodrigo no começo dos anos 60, pelo duo de violões Ida Presti e Alejandro Lagoya. O título, de acordo com Vayá Pla, seria inicialmente Concierto para una virreina de España. Os trabalhos sobre o concerto estavam bem avançados quando Ida Presti, que Rodrigo conhecia desde os 12 anos, morreu repentinamente aos 42 anos. Quando ele retomou o trabalho algum tempo mais tarde, seu novo e definitivo título se tornou Concierto Madrigal.
A música foi finalizada no começo de 1966, mas o trabalho teve que esperar até 1970 para sua primeira audição. No mesmo ano, Rodrigo tinha aceitado uma encomenda para escrever um concerto para quatro violões de Caledonio Romero. Este último foi rapidamente concluído, com primeira apresentação em novembro de 1967 em San Antonio, Texas, pelos seus homenageados, Caledonio Romero e seus três filhos, Ángel, Celín e Pepe. E foram os dois mais jovens irmãos, Ángel e Pepe, que finalmente fizeram a estreia mundial do Concierto Madrigal, em 30 de julho de 1970, no Hollywood Bowl, Los Angeles.
Breve histórico
Joaquin Rodrigo Vidre nasceu na antiga cidade de Sagunto na província de Valencia, na costa mediterrânea da Espanha, no Dia de Santa Cecília, 22 de novembro de 1901. Com 3 anos, sua visão foi severamente prejudicada pela difteria, e apesar de várias operações, mais tarde ele ficou totalmente cego. Começou o estudo da música na idade de 8 anos e, aos 16, teve lições de harmonia e composição com os professores do Conservatório de Valencia.
Suas primeiras composições em pequena escala datam de 1923, e a primeira obra orquestral, "Juglares", de um ano depois. Depois do sucesso inicial em Valencia e Madrid, Rodrigo se mudou para Paris em 1927, seguindo o exemplo dos predecessores Albéniz e Falla, e matriculou-se na École Normale de Musique, onde seu principal professor foi Paul Dukas. Rodrigo logo se tornou bem conhecido tanto como pianista quanto compositor, e se familiarizou com Maurice Ravel, Manuel de Falla e outros músicos ativos na Paris de seu tempo.