Mulheres são maioria entre voluntários

PRUDENTE - Mariane Gaspareto

Data 08/03/2016
Horário 09:05
 

Certa de 70% dos atuantes da Central de Voluntários de Presidente Prudente são mulheres, de acordo com a coordenadora Antonia Maria Braz. A sensibilidade, paciência e dedicação delas, sempre prontas para se doar em prol do outro, é celebrada hoje, no Dia Internacional da Mulher.

Atualmente, a central tem 2.895 voluntários cadastrados, dos quais cerca de 2 mil estão na ativa. Todos os inscritos são encaminhados a uma das 75 entidades cadastradas na central, conforme seu perfil, sua preferência e sua identificação. "Os horários de trabalho são sempre variados, porém, durante a semana é quando mais precisamos de auxílio", esclarece Antonia.

As funções exercidas são as mais variadas, de acordo com a coordenadora, a pessoa pode utilizar alguma habilidade que tenha para auxiliar as entidades, e grande parte tem sido direcionada paras as unidades hospitalares que atuam em parceria com a central. Todavia, a maior carência encontrada hoje é de professores de artesanatos como costura, confecção de bijuterias, tudo que possa gerar renda.

Jornal O Imparcial Há 20 anos, Jandira é voluntária do grupo Amigas do Peito

Sobre a atuação das mulheres na central, Antonia aponta que "elas são maioria por terem um dom intrínseco para contribuir, apoiar e auxiliar". "A própria relação com a maternidade é poderosa nesse sentido, pois permite à mulher que cuide de sua família, de seus filhos, e quando ela se aposenta acaba nos procurando para se ocupar, se sentir útil", aponta.

Jandira Ferreira Aurélio é uma dessas mulheres com verdadeira vocação para dar a mão ao próximo. Em 1996 ela estava entre as fundadoras do Grupo de Apoio Amigas do Peito, de Presidente Prudente, onde atua como voluntária até hoje, com uma bagagem de 20 anos de experiência. "Na época não havia nenhuma entidade que fizesse esse trabalho em Prudente, e por isso decidimos criar o grupo", relata.

A entidade atua em três frentes de trabalho visando melhorar a qualidade de vida das mulheres que têm câncer de mama. A primeira é a visita hospitalar, onde é entregue um kit com material informativo e alguns itens úteis como um porta-dreno, para que elas possam cobrir o dreno que fica após a cirurgia e sair do hospital com maior conforto. A segunda frente de trabalho é o acolhimento das pacientes na sede do grupo, com orientações e fornecimento de materiais necessários para que essas mulheres melhorem a autoestima após a mastectomia.

"Nós doamos sutiãs, próteses, perucas e lenços", diz Jandira. A terceira frente de trabalho é a realização das reuniões mensais, com intuito de instruir e de fornecer um momento de lazer e criação de vínculos entre as mulheres. "Esse trabalho só é feito por mulheres, porque temos uma propensão maior para nos doarmos, ter sempre solidariedade e apoio", diz. Paula Moreira, que também atua no Grupo de Apoio Amigas do Peito, ingressou na entidade há um ano e meio, porque teve câncer de mama e, após terminar seu tratamento, sentiu necessidade que compartilhar suas vivências com alguém que passou pela mesma experiência. "A maior recompensa é ser a companhia de alguém, pois o câncer é uma doença que isola, as pessoas se afastam e tendem a ficar mais solitárias, pois ninguém entende o que elas estão passando", explica. Nesse sentido, para Paula, o trabalho do grupo é crucial para trazer mais segurança para as pacientes.

 

SERVIÇO

CENTRAL DE VOLUNTÁRIOS

Os interessados em desenvolver trabalhos voluntários podem procurar a sede da Central de Voluntários, que funciona na Avenida 11 de Maio, 2501, na sala da Fiesp/Ciesp. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 17h30. Mais informações pode ser obtidas pelo telefone 4101-1143, ou pelo e-mail [email protected].
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