Mulher é presa em Tarabai após fazer 3 mil ligações para PM em 2022

Foi constatado crime de atentado contra serviço de utilidade pública; em menos de um mês, suspeita ligou aproximadamente 1,4 mil vezes para telefone do 190

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 31/05/2022
Horário 17:43
Foto: Polícia Civil
SIG de Tarabai procedeu, na presença e coordenação de uma escrivã policial feminina, à prisão-captura da mulher, que, agora, encontra-se agora em cárcere e à disposição da Justiça
SIG de Tarabai procedeu, na presença e coordenação de uma escrivã policial feminina, à prisão-captura da mulher, que, agora, encontra-se agora em cárcere e à disposição da Justiça

Uma mulher de 42 anos foi presa nesta terça-feira, em Tarabai, pela prática do crime de atentado contra serviço de utilidade pública. No total da apuração, a Polícia Civil do município indica que a suspeita ligou cerca de 3 mil vezes, em 2022, para o serviço de prontidão da Polícia Militar, o popular 190.
Conforme aponta a corporação, entre os dias 18 de março e 13 de abril deste ano, a mulher realizou 1.419 ligações para a PM. “Como eram muitas ligações, cada uma tinha seu perfil. Por vezes, ela ligava e falava coisas diversas, às vezes coisas sem nexo, várias vezes desligava passando simples trotes”, descreve o delegado responsável pela investigação do caso, Rafael Guerreiro Galvão.
Por sinal, o histórico de trotes da investigada vem desde o ano passado. Em novembro de 2021, Rafael representou por uma cautelar diversa da prisão, proibindo que a autora procedesse mais ligações ao serviço de telefonia da Polícia Militar. A cautelar foi deferida pela Vara Judicial da Comarca de Pirapozinho, no entanto, mesmo assim, a mulher realizou mais aproximadamente 1 mil ligações ao 190. “Essa cautelar anterior a proibiu de fazer o uso daquela linha, porém, ela pegava outro celular e realizava as ligações”, conta o delegado. 

Prisão preventiva

Em fevereiro deste ano, uma nova representação por parte do delegado foi feita ao Judiciário, proibindo que a investigada fizesse uso de sua linha telefônica e ainda proibindo que as operadoras de telefonia habilitassem chips em nome da autora dos trotes, mas, mesmo assim, no mês de março, aproximadamente 800 ligações foram feitas ao serviço de utilidade pública.  Desta maneira, o delegado representou pela prisão preventiva da moradora de Tarabai. O ato judicial teve a concordância do MPE (Ministério Público Estadual) e resultou na decretação da prisão preventiva por parte do Poder Judiciário.
Nesta terça-feira, o SIG (Setor de Investigações Gerais) de Tarabai procedeu, na presença e coordenação de uma escrivã policial feminina, à prisão-captura mulher, que, agora, encontra-se em cárcere e à disposição da Justiça. 
Questionado sobre a possibilidade de a investigada possuir algum transtorno de ordem mental, o delegado responsável pelas investigações não descartou a hipótese, no entanto, ressaltou que a mulher não é declarada incapaz para o exercício de sua vida civil. “Há um possível problema mental sim, porém, ela não é curatelada”, indica Rafael, que também ressalta que a suspeita possui um histórico de desacato e ameaças a servidores públicos como um todo.  

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