Próximo do fim das férias e do retorno das aulas nas universidades, o movimento no setor imobiliário por parte dos estudantes tem aumentado em Presidente Prudente. De acordo com as empresas do setor, o crescimento na procura varia de 20% até 50% nesta época do ano. Em relação ao perfil dos imóveis mais buscados, o Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) aponta que se trata de apartamentos ou kitnets com dois dormitórios, situado nas proximidades do local de estudos.
A partir disso, o delegado regional do Creci, Alberico Peretti Pasqualini, pontua que este é um momento favorável para o mercado imobiliário, que começa a se aquecer durante o final de dezembro até início de março, sendo o primeiro mês do ano o principal, quando chega a dobrar a quantidade de locações por estudantes. “Inicialmente, os estudantes buscam apartamentos, pensando na questão de segurança, mas com o tempo percebem que isso não é um grande problema na cidade. Com isso, no segundo ano, já vão em busca de conforto, residências com dois dormitórios, vaga na garagem e equipamentos eletrônicos”, declara.
Com a busca por locais melhores para morar, o delegado regional acrescenta que, a partir do segundo ano de faculdade, a preocupação já não é ser próximo do local de estudos, basta que tenha facilidade de locomoção, com vias de acesso. Então, pensando no conforto, Pasqualini diz que o local onde mora afeta na qualidade de vida e no estudo das pessoas. Assim, estudantes buscam lugares maiores para residir sozinho ou dividir com amigos. Nesse sentido, indica que a média de preço do aluguel na cidade é de R$ 500.
Mercado imobiliário
A média de valores buscada pelos estudantes varia de R$ 500 a R$ 1 mil na Leal Imóveis, segundo a proprietária Dayane Leal. Ela expõe que, nesta época do ano, o movimento aumenta em 50%, haja vista que as aulas retornam em fevereiro e, com tanta procura, já não possui mais imóveis disponíveis. Aponta que os locais mais buscados são apartamentos ou kitnets próximo às universidades. “Têm pessoas que estão procurando um pouco mais distantes por falta de opção, mas a preferência é que seja mais próximo, com um a dois quartos, para economizar com combustível”, pontua.
Na Imobiliária Rio Branco, conforme a gerente administrativa Claudia Barretto, já houve um aumento de 10% nas buscas por parte dos universitários, sendo que a estimativa é de até 20%. Conta que o crescimento é gradativo e considera o mês de fevereiro o mais expressivo. Nesse sentido, informa que a média de preços do aluguel é de R$ 650 a R$ 800 e a maioria permanece até o final do curso. “O pessoal está se movimentando. Uns são mais ansiosos e vêm antes de começar a faculdade, outros preferem deixar para iniciar as aulas primeiro”, analisa.
No 5º termo de Jornalismo, Michelle Aparecida Santos de Jesus, 19 anos, é moradora de Quatá e está buscando um local para morar em Prudente. A estudante conta que, primeiro, buscou uma amiga para dividir o aluguel e agora está a procura de um apartamento, que custe em torno de até R$ 600. “Eu não me mudei antes porque faço estágio na minha cidade, mas agora, no meio do curso, quero conhecer outras áreas do Jornalismo”, compartilha.