Um risco constante e iminente de acidentes. É assim que motoristas dizem estar um trecho da Avenida Joaquim Constantino, em Presidente Prudente. Isso porque, segundo os entrevistados, a localidade – que fica na altura do número 3.394, próximo ao estabelecimento comercial Assai Atacadista – conta com um "grande" fluxo de veículos, que circula nos dois sentidos da via e ainda os carros que adentram a avenida, vindos da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), por volta do km 668, através de uma alça de acesso. Os usuários afirmam que falta sinalização, já que em nenhum dos sentidos das três vias existe a placa de "Pare" e que, por falta de uma lombada na alça de acesso, os condutores que saem da rodovia seguem em alta velocidade na Joaquim Constantino, aumentando assim, segundo eles, os riscos de acidentes, conforme já ocorreu no passado.
De acordo com o titular da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública), Oswaldo de Oliveira Bosquet, há total interesse da prefeitura em alterar a via, transformando a mesma em mão única, seguindo o sentido da Raposo Tavares. Ou seja, a pista leste-oeste, fica apenas com trânsito no sentido Mato Grosso do Sul e a oeste-leste, seguindo o fluxo da rodovia, no eixo interior a capital.
O secretário esclarece que a alteração visa atender o anseio da comunidade prudentina que, através do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Prudente e do Corpo de Bombeiros, solicitaram as mudanças, ao Executivo, objetivando garantir a segurança dos usuários da avenida, já, que, segundo informa Bosquet, os órgãos citados apontam o perigo constante de acidentes na localidade, pois, após observarem e, até mesmo, atender graves acidentes de trânsito (neste caso os Bombeiros), o mais correto é fazer a via mão única, já que muitos motoristas saem da rodovia e adentram a avenida, pelas alças de acesso, em alta velocidade e acabam "dando de frente com quem vem no sentido contrário da Joaquim Constantino".
Bosquet informa que para a alteração dos sentidos da avenida é necessário uma parceria entre o Executivo e a Cart (Concessionária Auto Raposo Tavares), pois a concessionária é a responsável pelas alças e, com isso, quem deve providenciar as alterações. Ele menciona que dois ofícios já foram encaminhados à Cart – um no fim de 2014 e outro em torno de um mês, para que a repartição tome as devidas providências, até mesmo quanto a autorização, para tal mudança, junto a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). "A Cart é quem administrada a rodovia, então, mesmo a avenida sendo municipal, há o envolvimento do órgão, devido às alças de acesso", completa.
Por fim, o chefe da Semav diz que aguarda um posicionamento da concessionária para que as mudanças possam começar.
Cart
Por sua vez, a concessionária informa, em nota, que, em parceria com a prefeitura, desenvolve um "estudo para proporcionar maior segurança viária ao trecho urbano de Prudente". "Uma das propostas é a adoção de sentido único para a Avenida Joaquim Constantino, porém, a ideia requer estudos mais detalhados que estão em fase de execução", expõe.
Já quanto à possibilidade de emprego de uma lombada na alça de acesso, a Cart explica que, conforme prevê o artigo 94, parágrafo único, do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), é proibido, nas alças de acesso, a utilização de ondulações transversais (lombadas) e de sonorizadores como redutores de velocidade. Ficando permitido, apenas casos especiais definidos pelo órgão ou entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito). A concessionária frisa ainda que "respeitar a sinalização e o limite de velocidade ao acessar ou sair da rodovia contribui para a redução de acidentes".
Opinião dos usuários
Transitando diariamente pela Joaquim Constantino, o comprador Alessandro Souza Santos, 33, afirma que o trecho – que une a alça de acesso e os dois sentidos da via – realmente "está um perigo" e com possibilidade de ensejar graves acidentes. Ele diz que falta sinalização e, por isso, as pessoas ficam "perdidas" sem saber a preferência de quem é o acesso. Fora isso, pontua que os motoristas que adentram da Raposo Tavares, seguem em alta velocidade, e que para controlar a situação seria viável colocar uma lombada antes da entrada do veículo na avenida. "É uma forma de obrigar o condutor a seguir devagar", aponta.
"Isso aqui está muito perigoso e prestes a ser palco de um acidente", acrescenta o motofretista Bruno Pontes Leonardo, 26. Assim como Santos, ele acredita que a solução é fazer da avenida apenas uma via de circulação, inserir sinalizações e adotar uma lombada na alça de acesso. "São ações que ajudam", atenta.
O gerente de transportes, Marcos Fidelis, 42, por sua vez, diz que utiliza a localidade todos os dias para trabalhar e percebe o quanto as pessoas correm riscos com a atual situação do lugar. Para ele, é preciso desenvolver um projeto para manter a segurança aos usuários. "Uma lombada já ajudaria e muito", considera.