Motoentregadores de Presidente Prudente se concentraram na manhã desta segunda-feira, no estacionamento localizado às margens da Avenida Quatorze de Setembro, no Parque do Povo, em adesão ao movimento “Breque Nacional dos Apps 2025”. A paralisação por melhores condições de trabalho e reajuste nas tarifas pagas pelas plataformas de serviços percorre os dois shoppings da cidade, por concentrarem diversas lojas que utilizam as entregas por aplicativos. A mesma ação será realizada nesta terça-feira, informa a Associação de Motoboys de Presidente Prudente e Região.
O “Breque Nacional dos Apps 2025”, que mobilizou motoentregadores em inúmeros municípios do país, nesta segunda-feira, nas ruas e nas redes sociais, reivindica melhores condições de trabalho e reajuste nas tarifas pagas pelas plataformas, aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, taxa mínima de R$ 10 por corrida e pagamento integral de cada pedido quando várias entregas são agrupadas na mesma rota.
Como noticiado neste diário, o integrante da associação prudentina da categoria, Renan Vieira Matos, argumentou que os trabalhadores estão há três anos sem reajuste. “Nesse tempo, os patrões subiram o preço dos seus produtos nas plataformas e as plataformas também aumentaram o seu valor para os patrões, só não reajustaram a taxa mínima”, afirmou a este diário.
Em diálogo
Em nota divulgada à imprensa, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa empresas como iFood, Uber, 99 e Zé Delivery, apontou que respeita o direito de manifestação e que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores. Ressaltou que, de acordo com o último levantamento do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, chegando a R$ 31,33 por hora trabalhada.
“As empresas associadas da Amobitec apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades. Além disso, atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery”, concluiu.
Foto: Cedida
Na manhã desta segunda-feira, trabalhadores se reuniram no estacionamento do Parque do Povo