Se não bastasse a onda de dengue que vem trazendo inúmeros transtornos aos municípios da região, agora Presidente Prudente precisa ter preocupação redobrada com outro inseto minúsculo, mas tão prejudicial quanto o Aedes aegypti. Trata-se do mosquito-palha, vetor da leishmaniose. Como noticiado por este diário, o maior município regional confirmou o primeiro caso de LVH (leishmaniose visceral humana) do ano. Trata-se de uma pessoa do sexo masculino, que está hospitalizada para ser medicada, conforme o protocolo médico, mas segue estável. A VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) não divulgou sua idade e o bairro onde mora.
Conforme o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito em até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado, denominado flebotomíneo e conhecido popularmente como mosquito-palha. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis.
Os principais sintomas são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.
Ou seja, trata-se de uma doença ainda mais letal do que a dengue – como supracitado, pode levar a óbito em até 90% dos casos. O primeiro registro de leishmaniose visceral humana foi catalogado em Prudente no ano de 2013. Com o caso confirmado nesta quarta-feira, a cidade soma 15 positivos, com dois óbitos, um em 2016 e outro em 2017.
Atualmente, Prudente soma 6.849 casos de dengue e sete óbitos em decorrência da doença somente em 2023. O que há em comum entre as duas enfermidades, além de seus vetores serem mosquitos, é que a ação direta da população é crucial para evitar sua proliferação. Manter quintais limpos é de suma importância.