Moradores reclamam de fechamento de acesso

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 17/11/2016
Horário 08:24



O fechamento do acesso da Avenida Salim Farah Maluf à Rua Maria Madalena Caravina, ligação ao Jardim Maracanã, em Presidente Prudente, tem gerado reclamações de moradores do bairro, que afirmam estar sofrendo prejuízos com a mudança.

Célia Maria Oliveira, 50 anos, que reside há 22 anos nas proximidades da sede da Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento), conta que tem em mãos um requerimento que foi apresentado na Câmara Municipal, no qual pede providências em relação à medida. Por outro lado, o engenheiro de Transportes da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública), Arcindino de Almeida Filho, explica que a mudança se deu em função do perigo de acidentes provocado pelos veículos que faziam conversões à esquerda, partindo da avenida em direção ao bairro.

Jornal O Imparcial Residentes questionam motivos de mudança ocorrida em outubro

Célia conta que o fechamento ocorreu no dia 19 de outubro, data em que entrou em contato com a Semav e foi informada de que teria que fazer a reclamação por meio de um requerimento na Câmara. Sendo assim, procurou o vereador Izaque José da Silva (PSDB), que apresentou o documento ao plenário, o qual foi aprovado no dia 24 de outubro, e segue os trâmites normais. "A Semav alegou que a mudança foi por conta dos acidentes, mas não temos notícia de nenhum naquele local. Queremos uma alternativa de fácil acesso, pois temos que ir até as rotatórias para depois voltar, o que causa transtorno e prejuízo", diz.

A mesma opinião tem o professor universitário, Raphael Garcia, 36 anos. Relata que toda sua família foi prejudicada pelo fechamento do acesso. "Fazia o trajeto que foi bloqueado na hora do almoço para pegar marmitex, assim como minha esposa fazia o trajeto quando retornava do trabalho. Com isso, acrescentou-se quase um km a mais no percurso de cada um", destaca. "Não somente os moradores foram prejudicados, mas as empresas, estabelecimentos e vendedores locais. Moro há oito anos no bairro e lamento pela Prefeitura ter tomado uma decisão errônea dessa. Se a regra que eles encontraram foi da segurança, não faz sentido. No local não se observa acidentes. Por isto, nós, moradores, reivindicamos a liberação da via", complementa.

 

Opinião técnica


Sobre a mudança, o engenheiro da Semav pontua que houve "pequeno prejuízo" apenas aos usuários que vinham pela Avenida Salim Farah Maluf, no sentido Álvares Machado/Prudente, com intenção de acessar o Jardim Maracanã pelo acesso. Estes agora precisam fazer a rotatória e acessar a Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira, sentido Bairro Humberto Salvador, para entrar no Jardim Maracanã, à direita, na Rua Antônio Flumignan.

"É preciso ter bom senso. Aquela é uma via de trânsito rápido e os veículos, incluindo os pesados, convertiam à esquerda, o que era perigoso em função do risco alto de colisão traseira", salienta. Sobre a possibilidade de implantar uma rotatória no local, aponta que esta "estrangularia" o trânsito, por conta do espaço considerado estreito para tal. Já, em relação à ausência de acidentes, como mencionado pelos moradores, Arcindino mantém sua opinião técnica. "Não tenho que esperar os problemas acontecerem para fazer a interferência. Temos que agir para evitar que ocorram. Se conseguir evitar um acidente que seja, já me dou por satisfeito", encerra.

 
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