Moradores da Rua Manoel Bandeira, no Jardim Panorama, em Álvares Machado, pedem por melhorias para o logradouro que segue sem asfalto, tem tubulação de esgoto exposta e falta de água todos os dias. Segundo os reclamantes, o cenário traz transtornos aos que residem no local, em função da falta de acessibilidade.
Para o servidor público Michael Hellinson Gomes, 28 anos, que há um ano comprou uma residência no local, a situação é de “descaso”. Ele diz que perdeu a companhia da mãe, que decidiu morar em outra cidade por conta da situação da rua. Como deficiente visual, ela não tinha como ir e vir para pegar o ônibus e, assim, saía de casa apenas de carro acompanhada.
Quando chove, o morador diz que é “impossível sair de casa de carro, ou a pé para pegar o transporte público”. Ele fala ainda que há dificuldades para o recebimento de serviços, como entrega de correspondências, acesso de ambulância e coleta de lixo. Acumulado durante dias, segundo ele, os sacos plásticos são revirados pelos cães e gatos e se espalham, atraindo insetos e ratos.
Em busca de melhorias, ele afirma que, junto de vizinhos, já reclamou na Prefeitura para cobrar uma solução para o asfalto. “A resposta que recebemos é de que não existe verba liberada e nem maquinário disponível, já que é necessário reconstruir todo o escoamento antes de começar o asfaltamento”, fala. “A única medida tomada é manutenção com o trator para esconder os canos à mostra. Assim, já tive de consertar meu carro duas vezes e também sofri vários acidentes de moto por conta da lama”, complementa.
A reclamação de falta de água também vem da dona de casa Graciele Barbosa, 25 anos. Ela comenta que os moradores não recebem nenhum aviso de manutenção e as ocorrências têm sido diárias, após as 17h. Com uma filha de nove meses, Graciele foi morar com a mãe durante os meses de gestação, pois temia passar mal e não ter como sair do bairro em períodos de chuva, que ocasionam lama em excesso. Sem poder deixar a criança no quintal de casa, devido ao aparecimento de insetos e sapos, ela diz que a menina já foi picada por um escorpião. “Não tenho tranquilidade nem na minha própria casa. É terrível a situação”, lamenta.
Cobrança
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), em nota, informou que realizará o aterro da vala que está exposta parte de uma tubulação na rua. Em relação à falta de água verificada no bairro, a empresa esclarece que os casos ocorridos foram decorrentes das fortes chuvas no mês de janeiro, que provocaram erosões comuns em ruas de terra e consequentemente o rompimento das redes da Sabesp.
A reportagem enviou a demanda à Prefeitura de Machado, mas até o fechamento desta edição não recebeu retorno.