Moradores do Jardim Barcelona, em Presidente Prudente, estão preocupados com o aparecimento de escorpiões e outras pragas urbanas no bairro. Enquanto alguns acreditam que o esgoto seja a origem do problema, outros atribuem a situação ao descuido da população com seus próprios quintais. A costureira Eunice Ribeiro, 63 anos, e o aposentado Luiz da Silva, 65 anos, já se depararam com dois aracnídeos em sua casa e, por esta razão, passaram a ficar mais cautelosos e vigilantes a fim de evitar a exposição ao animal. Eunice acredita que os escorpiões saem do encanamento, o que teria sido confirmado por um agente comunitário da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal).
O aposentado Aristeu Pontes, 65 anos, no entanto, destaca que o desencadeador do problema são os quintais. Do alto de sua residência, ele mostra os fundos da casa vizinha, onde o acúmulo de sujeira supostamente contribui para a proliferação de animais indesejados. Ele conta que, em decorrência disso, sua moradia já foi alvo de escorpiões e, principalmente, ratos, cujo número “perdeu as contas”.
Para tentar eliminar o risco, o munícipe acionou a Central de Atendimento 156 da administração municipal, que o informou que uma equipe iria até o local para averiguar a reclamação e, se necessário, notificar o proprietário. A reportagem constatou a presença de sujeira na casa mencionada por Aristeu, no entanto, tendo em vista que seus habitantes não foram localizados, o imóvel não será identificado.
A dona de casa Iara Maria Ricci Marques, 50 anos, argumenta que a população poderia ser mais consciente com relação ao lixo de produz, já que a falta de atitude de um pode, muitas vezes, anular a do outro. “Eu faço a minha parte e, por isso, espero que os outros também preservem seus espaços”, pondera.
Protocolo adotado
Por meio da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), a VEM explica que as ocorrências que envolvem o aparecimento de escorpiões são de responsabilidade do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), enquanto o acúmulo de lixo, junto ao surgimento de ratos, é de competência da Visa (Vigilância Sanitária Municipal). Já quando houver recipientes que sirvam de criadouros para o Aedes aegypti, a VEM deve ser comunicada.
Como o foco da reportagem é, sobretudo, os escorpiões, a supervisora do IEC (Informação, Educação e Comunicação), Cristiane Ragne, esclarece que, em residências com a presença do aracnídeo, é encaminhado um profissional do CCZ para orientação e prevenção. Na ocasião, o proprietário é instruído a manter o local em condições adequadas, isto é, com tela nos ralos, tampa de esgoto lacrada, sem restos de madeiras, telhas, tijolos e lixo em geral. “O profissional faz a busca ativa, ou seja, verificação de imóveis vizinhos, com o objetivo de encontrar o possível foco”, comenta. Caso haja terrenos que contribuam para a aparição do animal, o dono é notificado. De janeiro a março deste ano, o CCZ atendeu 177 solicitações, que resultaram na captura de 356 escorpiões.
A orientação geral é sempre manter os quintais limpos, sem acúmulo de lixo ou recipientes que possam conter água e propiciar a proliferação do mosquito da dengue. Caso ocorra o aparecimento de escorpiões, os moradores devem entrar em contato com o CCZ, por meio do telefone 3905-4220, ou até mesmo pelo 156.
Estrutura do bairro
Ano de implantação: 30/11/1978
Área de loteamento: 145.200,00 m²
Área verde: 13.421,00 m²
Quadras: 23
Construções: 216
Terrenos baldios: 151
População estimada: 1.080 pessoas
Fonte: Secom
SERVIÇO
A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do [email protected], do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.